Manaus, 4 de maio de 2024
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Cidades

Professores da rede estadual do AM anunciam greve para o dia 17

Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas afirma ter tentado diálogo com governo por diversas vezes

Professores da rede estadual do AM anunciam greve para o dia 17

Exigência de 25% de reajuste salarial é uma das bandeiras da categoria (Foto: Reprodução/Redes sociais)

Manaus (AM) – Em assembleia geral realizada na tarde de quinta-feira (11), os professores da rede estadual de ensino deflagraram greve geral, a ser iniciada na próxima quarta-feira (17). A categoria exige reajuste salarial de 25%.

A data de início da paralisação será marcada com uma concentração em frente à Assembleia Legislativa do Estado (Aleam), segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam).

Além da reinvindicação de reajuste, o Sinteam e os profissionais exigem os pagamentos das datas-base de 2022 e 2023, mais o retroativo de 2020 e 2021 e ganho real acima do índice da inflação.

Instalação da greve

De acordo com a Lei nº 7.783, de 28 de junho de 1989, após a aprovação da greve, o próximo passo é comunicar o empregador – Governo do Estado -, e a comunidade escolar sobre a paralisação. A Lei também orienta que a instalação da greve deve se dar somente após 72h de comunicação ao empregador.

“Para o cumprimento da lei, instalaremos a greve somente no dia 17 de maio, às 9h, em frente à Assembleia Legislativa do Estado”, disse a presidente do Sinteam, Ana Cristina Rodrigues.

“Infelizmente nós chegamos nesse momento de greve que o trabalhador não quer, mas é levado a isso, estamos tentando diálogo com o Estado desde 2022 para tratar não só da data-base, mas também das progressões que estão atrasadas na horizontal e na vertical, também para tratar do vale-alimentação, do plano de saúde para aposentados e revisão do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração (PCCR)”, conta a presidente.

Segundo Ana Cristina, não foi possível o diálogo com o Estado. “Há, por parte do Estado, um silêncio quanto à abertura de mesa de negociação para tratarmos, de fato, das reivindicações. A exigência dos 25% veio pela falta de cumprimento em relação ao que a lei diz sobre a data-base, que vence em todo primeiro de maio. O reajuste pedido foi o menor percentual que conseguimos aprovar para recompor nosso salário e, realmente, precisamos que o governo nos atenda. Não queremos estar em greve, estamos sendo levados a isso. A categoria está cansada de não ter sua valorização, principalmente no interior do Estado, onde a defasagem salarial fica mais agravada. Em alguns municípios, uma botija de gás chega a custar R$ 200”, comentou a professora.

Linha do tempo

O Sinteam divulgou uma lista, como uma linha do tempo, de todas as vezes que tentou diálogo com o Governo. As propostas foram colocadas às claras ainda em janeiro, de acordo com o sindicato.

Diz a lista que o Sinteam tenta, desde o dia 2 de janeiro, uma audiência com o governo estadual. Em 1º de março, foi iniciada a campanha ‘Dialoga, governador’ nas escolas.

O sindicato conta que também houve reunião com a Comissão de Educação da Aleam para que esta intermediasse o diálogo com o governo e outra reunião com a Secretaria de Governo (Segov) para apresentação da pauta de reivindicações da categoria, por intermédio da Comissão de Educação da ALE, no dia 8 de março.

Uma segunda reunião com a Segov foi desmarcada, no dia 16 de março, sem motivo, com a promessa de nova data; mas sem sucesso até hoje, afirma o Sinteam.

Acontece, em 30 de março, um ato público na Praça da Polícia com a campanha ‘Negocia, governador’, reunindo 2 mil trabalhadores. Em 5 de abril, ocorre paralisação em frente à sede do Governo; pedido ao MPT para mediar o diálogo no dia 14 de abril; outro ato público realizado no dia 20 de abril; em 27 de abril, de acordo com o sindicato, o Governo não comparece à audiência de mediação realizada pelo MPT.

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