Manaus, 2 de maio de 2024
×
Manaus, 2 de maio de 2024

Cidades

Professores do AM repudiam fala de Eduardo Bolsonaro sobre comparação com traficantes

A declaração foi dada em um ato organizado pelo movimento pró-armas no Distrito Federal.

Professores do AM repudiam fala de Eduardo Bolsonaro sobre comparação com traficantes

(Foto: Reprodução/Youtube)

Manaus (AM) – O Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) emitiu uma nota repudiando a declaração do deputado federal Eduardo Bolsonaro que comparou professores a traficantes de drogas, no último domingo (9), durante um ato pró-armas, em Brasília.

“É descabida tal declaração. Mas o que esperar de alguém acusado da prática de rachadinha, de comandar milícias e de ter a companhia de diversos traficantes? Ele tem propriedade para falar de criminosos. Não de trabalhadores. Por tanto, o Sinteam se junta a outros sindicatos em educação do Brasil e exige retratação pública do parlamenta”, afirma o sindicato.

No discurso, dirigido a manifestantes bolsonaristas e apoiadores da pauta armamentista, o parlamentar pediu aos pais presentes que prestassem atenção na educação dos filhos e acompanhassem o que os jovens aprendem para “não ter espaço para professor doutrinador tentar sequestrar as crianças”.

Ele afirmou não ver diferença entre um professor doutrinador e um traficante de drogas “que tenta sequestrar e levar os nossos filhos para o mundo do crime”. Ele chegou a afirmar que a figura do professor “talvez seja ainda pior”.

Investigação

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, determinou, na segunda-feira (10), que a Polícia Federal investigue as falas do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) contra os professores.

Conforme salientou, a corporação vai apurar possíveis crimes, incitações ou apologias, uma vez que o filho do ex-presidente da República disse que “professores doutrinadores” são piores do que traficantes de drogas.

Vários sindicatos, inclusives os de Manaus, estão apoiando um abaixo-assinado que pede a cassação de Eduardo Bolsonaro.

LEIA MAIS: