Para prevenir a disseminação do novo coronavírus, as visitas às unidades hospitalares da capital estão suspensas.
Mas uma iniciativa de assistência humanizada tem mudado a realidade de quem vai ao Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto, na Zona Centro-Sul, em busca de notícias sobre parentes internados.
Com a ajuda da tecnologia, as equipes do Serviço Social passaram a realizar videochamadas nas enfermarias do local para que pacientes e familiares não percam o contato durante a internação.
A iniciativa teve início há cerca de uma semana e está sendo aprimorada pela direção do HPS 28 de Agosto.
Humanizar
O psicólogo Henrique Redman, que percorre as enfermarias para realizar as videochamadas, acredita que essa estratégia ajuda a diminuir a angústia dos familiares e amenizar o isolamento dos pacientes.
“Eles podem ver como o paciente está, às vezes até se admiram, eles acham que o paciente está mais grave e o paciente está sentado, conversando, e isso tem ajudado bastante, é gratificante ver a reação da família e dos pacientes”, afirmou.
Contato seguro
No momento, as videochamadas são realizadas apenas no período da manhã, a partir das 8h, e a pessoa interessada precisa comparecer ao Serviço Social do HPS 28 de Agosto para agendar e realizar a ligação.
Segundo Henrique Redman, o público-alvo prioritário tem sido os pacientes que não possuem smartphone ou têm dificuldades de comunicação com o exterior.
Desde que os atendimentos começaram, Redman já presenciou momentos emocionantes.
“Nessa semana, nós tivemos um aniversariante, a família trouxe um bolo, a equipe também providenciou um bolo e cantamos parabéns”, lembrou.
Felicidade
A autônoma Jacimara Menezes foi uma das pessoas alcançadas pelo trabalho de humanização desenvolvido no 28 de Agosto.
O marido dela está internado na enfermaria do hospital há 20 dias para tratar um edema no pé e sequelas de uma pneumonia.
Em uma das videochamadas realizadas pelo Serviço Social, o paciente aproveitou para pedir a companheira em casamento.
Jacimara aceitou o pedido e também aprovou a iniciativa do hospital:
“Eu gostei muito porque você fica aflita, né? Eu queria saber como ele está, e como ele está muito frágil, eu gostei muito, foi muito boa essa ideia”.
Para o psicólogo Henrique Redman, a sensação é de dever cumprido.
“Estamos aqui para isso, para proporcionar um bem-estar para os pacientes. Sabemos que o cenário não é muito bom, mas o que a gente puder fazer para dar conforto para as famílias e para os pacientes que estão aqui, a gente vai fazer”, ressaltou.
(*) Com informações da Assessoria de Comunicação
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