![(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil) Queiroga nega que testes tenham vencido, mas admite troca ‘sem custo’](https://amazonas1.com.br/wp-content/uploads/2021/04/marcelo-queiroga_mcamgo_abr_280420211818-6-e1621688770585.jpg)
(Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)
BRASÍLIA, DF – O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, negou que a validade de 1,7 milhão de testes RT-qPCR para detectar a Covid-19 tenha vencido. No entanto, o titular da pasta admitiu que os exames serão trocados “sem nenhum ônus” pelo laboratório fabricante. As declarações foram dadas em conversa com jornalistas na tarde desta sexta-feira (21).
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No última quarta-feira (19), o próprio Ministério admitiu o fim da validade dos exames. “Os 1,7 milhões de testes RT-qPCR que estão fora do prazo de validade serão substituídos pelo fornecedor”, informou órgão, em nota.
Questionado sobre a situação, Queiroga deu outra versão. “O ministério não deixou teste passar de validade nenhuma. O ministério adquiriu uma quantidade muito grande de testes que foram distribuídos aos estados e municípios. Estes testes tempestivamente foram tratados com o fabricante e serão substituídos sem nenhum ônus”, disse. O ministro, no entanto, não detalhou quando ou de que maneira a substituição ocorrerá.
Todos os exames foram comprados pelo governo federal em abril de 2020, via Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas). No total, o lote continha cerca de 10 milhões de testes, que foram produzidos pelo laboratório Seegene, da Coreia do Sul. Desde então, quatro ministros já passaram pela gestão da pasta e parte do lote seguiu encalhado.
Custos
Cada um dos testes encalhados custou aos cofres públicos R$ 42, segundo informação enviada pelo Ministério Público Federal (MPF) à CPI da Covid-19. Isso significa que, além de os brasileiros não terem tido acessos aos exames, o desperdício pode ter chegado a R$ 71,4 milhões.
Em dezembro, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) ampliou o prazo de validade dos testes, por mais quatro meses, após o jornal O Estado de S. Paulo revelar que 6,9 milhões de exames estavam encalhados em um galpão do governo federal em Guarulhos (SP).
*Com informações do Metrópoles
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