Manaus, 30 de abril de 2024
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Política

‘Quem não deve não teme’, dispara Mourão sobre investigação do orçamento de R$ 3 bi

De acordo com Hamilton Mourão, a situação deve ser esclarecida, a fim de saber se está 'dentro da legalidade'

‘Quem não deve não teme’, dispara Mourão sobre investigação do orçamento de R$ 3 bi

Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom / Agência Brasil

BRASÍLIA, DF – Na última segunda-feira (10), o governo Bolsonaro foi alvo de uma nova polêmica. Em pronunciamento, o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou que o governo não teme uma investigação. A nova CPI, intitulada ‘Tratoraço’, investigaria o orçamento de R$ 3 bilhões gastos em emendas parlamentares.

De acordo com uma reportagem publicada pelo Estado de São Paulo, o presidente teria liberado o orçamento para aumentar o apoio do governo federal no Congresso. Segundo a matéria, o parlamentar liberou R$ 271 milhões em compras de tratores e máquinas agrícolas.

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Ao ser questionado sobre o orçamento secreto, o vice-presidente concordou que a situação deve ser esclarecida. “Que se esclareça a situação para saber se está dentro da legalidade. A questão de emenda sempre houve e, de uns três anos para cá, o Legislativo se apossou disso aí. Essa é uma realidade”, afirmou.

“Esse pacote de relacionamento do Executivo e Legislativo num presidencialismo de coalizão como o nosso, com um Congresso fragmentado, é assim que ele funciona: teoria do puxa e encolhe, vai para lá, vem para cá. É assim que funciona. Não digo questão de barrar, quem não deve não teme”, completou o vice-presidente.

Bolsonaro nega orçamento secreto

O presidente Jair Bolsonaro se manifestou nesta terça-feira (11) sobre o suposto esquema montado envolvendo recursos do Orçamento destinado a aliados no valor de R$ 3 bilhões. “Inventaram que eu tenho um orçamento secreto agora. Tenho um reservatório de leite condensado, 3 milhões de latas. Eles não têm o que falar. Como um orçamento foi aprovado, discutido por meses e agora apareceu R$ 3 bilhões?”, afirmou o presidente a apoiadores no Palácio da Alvorada.

“Eles batem na tecla de corrupção o tempo todo. Zero corrupção no meu governo, zero. Outra coisa, se alguém na ponta da linha, mandamos dinheiro para Estados, se alguém comprou algo superfaturado, não tenho essa responsabilidade”, disse o presidente.

O caso será investigado pelo Ministério Público e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

(*) Com informações do Uol