Manaus, 2 de maio de 2024
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Cidades

Raphael Wallace é levado a júri popular por homicídio em 2008

A vítima do caso - Luís João Macedo de Souza, o "Luís Pulga"- teria se recusado a participar de trama para matar juíza federal do Amazonas

Raphael Wallace é levado a júri popular por homicídio em 2008

Foto: divulgação

Filho do ex-deputado Wallace Souza, Raphael Souza, irá a júri popular, acusado de envolvimento na morte de Luís João Macedo de Souza, conhecido como “Luís Pulga”. O crime ocorreu na noite de 3 de abril de 2008, na esquina da Avenida Beira Mar com a Rua Ouro Preto, no bairro Coroado, zona Leste de Manaus.

Além de Raphael, Givanil Freitas Santos e Jair Martins da Silva também júri popular pelo crime. A decisão foi do juiz de Direito George Hamilton Lins, titular da 1.ª Vara do Tribunal do Júri da Comarca de Manaus.

Os três réus já tinham sido pronunciados pelo crime no ano de 2015, mas a defesa recorreu da sentença no Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e, no dia 18 de maio deste ano, os desembargadores que compõem a 1.ª Câmara Criminal anularam a sentença de pronúncia, com o processo retornando à 1.ª Vara do Tribunal do Júri. Com a nova sentença, assinada no último dia 13, o julgamento, em plenário, deverá ser pautado para o próximo ano.

Entenda o caso

De acordo com o inquérito policial produzido pela Delegacia Especializada em Homicídios e Sequestros (DEHS), Raphael Wallace Souza e seu pai, o então deputado estadual Wallace Souza (falecido), teriam cogitado o assassinato da juíza federal Jaíza Fraxe, em razão de ter decretado a prisão do coronel da Polícia Miliar do Estado do Amazonas Felipe Arce e de outras pessoas na chamada “Operação Centurião”, o que teria prejudicado os interesses da “quadrilha criminosa da qual faziam parte”, conforme o inquério policial inserido nos autos.

Com isso, ainda segundo o inquérito, Raphael e Wallace teriam pedido ao pistoleiro “Luiz Pulga” que matasse a magistrada. Luiz recusou o serviço, o que motivou uma discussão dele com Raphael, segundo os autos. O filho do ex-deputado teria voltado a procurar “Luiz Pulga” repetindo a proposta, mas este recusou novamente, o ameaçando que, se insistisse no plano, iria delatá-lo ao Ministério Público Federal.

Inconformado com a recusa de “Luiz Pulga” e preocupado com a ameaça de ser denunciado ao MPF acerca do plano para matar a juíza, Raphael teria contratado Juarez dos Santos Medeiros para matá-lo. “Luiz Pulga”, de acordo com o inquérito inserido nos autos, foi abordado por Jair Martins, que o conduziu a um açougue no bairro Coroado, onde acabou sendo assassinado.

 

(*) Com informações da assessoria