Manaus, 1 de maio de 2024
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Economia

Reajustes no preço do gás de cozinha devem encarecer a refeição fora de casa

Reajustes no preço do gás de cozinha devem encarecer a refeição fora de casa

(Foto: Reprodução)

A Petrobras anunciou pela segunda vez, no mês passado, a alta nos preços do gás liquefeito de petróleo (GLP) em 6,9% para uso residencial vendido em botijões de até 13 kg. O Sindicato dos Economistas do Amazonas (Sindecon-AM) aponta prejuízos para os estabelecimentos de pequeno porte, como restaurantes e padarias, que devem ser obrigados a elevar seus preços, o que pesará diretamente no bolso do consumidor que precisa comer fora todos os dias.

Em Manaus, o preço médio de uma botija de gás de 13kg custava cerca de R$ 60. Com a alta, o valor deve chegar a R$ 73. Esse é o segundo aumento em setembro. No começo do mês, o aumento foi de mais de 12% no gás de cozinha residencial e de 2,5% nos preços das distribuidoras do GLP destinado a uso industrial. Segundo o Presidente do Sindecon-AM, Marcus Evangelista, além interferir no orçamento doméstico, os estabelecimentos de pequeno porte também serão afetados.

“Os proprietários de restaurantes e panificadoras acabam sendo obrigados a aumentar o preço dos produtos para que seus lucros continuem o mesmo. Se antes a marmita era vendida a R$ 10, com o reajuste de mais de 13 reais no gás de cozinha, hoje eles tem que comercializar a 12, 13 reais a mesma marmita, impactando no bolso do cidadão que come fora em pequenos restaurantes, porque os estabelecimentos de grande porte usam outro tipo de gás” explica Evangelista.

Preocupação

Para o presidente do sindicato, os proprietários ficam preocupados que o reajuste nos preços afaste a clientela. A proprietária de uma panificadora crítica o aumento. “Outro dia anunciaram um aumento, agora novamente. Fica muito complicado arcar com essas despesas sem que, no mínimo, ocorra um aumento no salário mínimo do trabalhador”, disse Ivete Santana, de 45 anos.

No início de setembro, a Petrobras já havia anunciado uma alta de 12,2% no preço do botijão de gás, citando os impactos da tempestade Harvey na principal região exportadora do produto, além de uma situação da baixa oferta.

Revisão de preços mensal

Pela nova política de preços adotada pela Petrobras, o preço do Gás Liquefeito de Petróleo será revisado todos os meses. Segundo a estatal, o preço final às distribuidoras será formado pela média mensal dos preços do butano e do propano no mercado europeu, convertida em reais pela média diária das cotações de venda do dólar, mais uma margem de 5%.

Em agosto, a Petrobras reajustou o preço do gás de cozinha residencial em 6,9%. Em julho, a Petrobras reduziu o preço em 4,5%, após ter aumentado o valor em 6,7% no mês anterior.

 

(*) Com informações da Assessoria