Manaus, 11 de maio de 2024
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Manaus, 11 de maio de 2024

Cenário

Redes sociais se tornaram um dos pilares da campanha política

O Portal AM1 conversou com especialistas em comunicação política, que ressaltaram a importância das redes sociais nas eleições, haja vista que elas são uma ferramenta essencial na construção da imagem política de um candidato.

Redes sociais se tornaram um dos pilares da campanha política

Redes sociais e comunicação transformam o jogo eleitoral em 2024 (Fotos: Reprodução/@jackserafimam / @marcio.lemos.mktpolitico / Montagem Portal AM1)

Manaus (AM) – À medida que as eleições de 2024 se aproximam, os candidatos e personalidades que possuem pretensões políticas buscam novas formas de se conectarem aos eleitores. Dito isto, as redes sociais se tornam um campo de batalha importante e crucial para os políticos, principalmente, quando o objetivo é influenciar e formar opiniões.

Plataformas como Facebook, X (antigo Twitter), Instagram e TikTok alcançando bilhões de usuários no mundo todo, os candidatos às eleições municipais estão intensificando seus esforços on-line para capturar a atenção e o apoio do eleitorado. De vídeos virais a debates ao vivo, a criatividade é a moeda de troca neste novo cenário político digital, onde a informação chega cada vez mais rápido e direcionada.

A importância das redes sociais é evidente em sua capacidade de atingir públicos segmentados, engajar eleitores jovens e gerar discussões instantâneas sobre questões ideológicas. No entanto, também levanta preocupações sobre desinformação, polarização e manipulação de dados.

Opiniões

Para o cientista político Jack Serafim, que analisou o cenário político atual da capital amazonense, as redes sociais são uma ferramenta na construção da imagem política do candidato, mas, apesar do alcance a milhares de eleitores, é necessário que se crie um laço entre o off-line e as redes, pois segundo o especialista, um mundo não sobrevive sem o outro.

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Jack Serafim (Foto: Reprodução/Instagram @jackserafimam)

“As redes sociais são ferramentas que ajudam na construção da imagem do agente político de forma mais acessível. Se você tem um bom conteúdo, ainda que não tenha recursos para impulsionamento, é possível alcançar milhares de pessoas e construir autoridade”, afirmou o cientista político.

Jack explica, também, que mesmo com as ferramentas digitais disponíveis, o relacionamento físico com o eleitorado deve ser mantido, porque esse passo constrói a confiança do eleitor para com o político, já que essa aproximação “engaja melhor”.

Apesar das exceções, a regra é que, no processo eleitoral, as redes sociais apenas complementem o marketing político, já que é no contato pessoal que é possível engajar melhor. As redes sociais vivem de nossos relacionamentos off-line. Se eles não existem, são mais difíceis de existir no on-line”, finalizou Serafim.

Para Márcio Lemos, publicitário e especialista em comunicação política, que também foi entrevistado pelo Portal AM1, a preocupação com o digital, por parte dos pré-candidatos, está cada vez mais em evidência, mas ele citou que essa é parte de um único objetivo: a campanha política.

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Márcio Lemos (Foto: Reprodução/Instagram – @marcio.lemos.mktpolitico)

“A política está ganhando cada vez mais espaço no mundo digital e é cada vez mais comum ver os pré-candidatos preocupados com as redes sociais e a criação de conteúdo. É importante ressaltar que a campanha é uma só: a campanha política. O meio digital é uma das formas que os políticos têm para se comunicar com as pessoas, transmitir uma mensagem específica para um público-alvo, além de ser o método mais rápido para estabelecer um posicionamento, gerenciar uma crise ou comunicar algo importante”, informou o publicitário.

Quando questionado sobre o poder de influenciar as eleições, Lemos disse que a presença no virtual é importante, mas que não altera o resultado das eleições.

“O virtual, o digital, é muito importante, mas não altera o resultado das eleições. Ele é um meio mais eficaz e rápido de se aproximar das pessoas, […] uma comunicação digital bem feita faz toda a diferença. Ela não muda o resultado, mas influencia na aceitação e, consequentemente, no efeito cascata que determina o voto”, disse.

O especialista destaca a importância da comunicação como um dos pilares da campanha política. “A comunicação desempenha um papel fundamental, sendo um dos pilares da campanha política e do mandato. Sem uma comunicação eficaz, não é possível apresentar às pessoas o trabalho, as realizações, os anseios e a personalidade, nem criar conexões com o eleitorado”, finalizou Lemos.

Neste ciclo eleitoral, uma coisa é certa: as redes sociais não são apenas uma ferramenta para os candidatos, mas também um meio de conquistar terreno e votos e também de promover novos nomes para o jogo político. A capacidade de destaque no digital pode ser o diferencial nas urnas em 2024.

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