A votação em segundo turno da Reforma da Previdência deve começar nesta terça-feira. (Foto: Luis Macedo/Câmara dos Deputados
A Câmara dos Deputados inicia nesta terça-feira, 6, o segundo turno da votação da Reforma da Previdência (PEC 6/19). São necessários 308 votos para que a matéria seja aprovada, a bancada amazonense deve manter a mesma posição do primeiro turno.
Para o presidente da comissão especial, Marcelo Ramos (PL-AM), a matéria deve ser aprovada no segundo turno com tranquilidade. O parlamentar acredita que o presidente vai convocar duas sessões nesta terça, 6, para cumprir as cinco sessões antes da votação.
“Na quarta e na quinta já votaríamos. Considerando que devem ter sete destaques, só os da oposição, nós talvez não consigamos votar num dia só. Considero que, na quinta-feira, devemos concluir o processo de votação da matéria e eu acredito que não vai ter mais nenhum destaque aprovado, que ela vai ser aprovada no segundo turno, nos mesmo termos que foi no primeiro”, declarou.
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Delegado Pablo (PSL-AM), único representante do partido de Bolsonaro na bancada, também considera que até o fim da semana, o processo estará completo.
O único da bancada a votar contra a Reforma no primeiro turno, José Ricardo (PT-AM) afirmou que vai manter o mesmo posicionamento nessa nova etapa da votação. O deputado alega que o projeto vai prejudicar os trabalhadores que precisarão contribuir por mais tempo e que muitos irão morrer antes de se aposentar, devido o período de transição.
“O cálculo da média do valor para aposentar sofre uma redução significativa em relação ao cálculo atual. Cerca de 85% dos que ganham abaixo de três salários mínimos vão perder muito. Além da redução drástica no valor da pensão. Sem falar que as mulheres são penalizadas com tempo maior de idade e deixa de fora os estados e municípios, não atingindo todos os privilegiados nos Estados e Distrito Federal no Judiciário, no Ministério Público, Tribunal de Contas, Legislativo e também no Executivo. O projeto não trata das obrigações previdenciárias, e contribuições e impostos não pagos pelos grandes devedores que alcança quase 900 bilhões de reais. Por isso, e muito mais, sou contra o projeto”.
Bosco Saraiva (Solidariedade – AM), que votou a favor no primeiro turno, disse que a Reforma é necessária para destravar a economia, gerar confiança no mercado e iniciar a reorganização das contas públicas. Por isso, mantém o voto favorável neste segundo turno.
O capitão Alberto Neto (PRB-AM) destacou ainda que o país precisa da Reforma para ajustar as contas públicas. “Se gasta mais com aposentadoria do que com saúde, educação, entre outros”, justificou, ao declarar que também vai votar a favor.
Os deputados Silas Câmara (PRB-AM) e Sidney Leite (PSD-AM) manterão o voto favorável no segundo turno, uma vez que não são mais permitidas alterações no texto. Apenas anulação de alguns destaques.
Átila Lins (PP-AM), que votou a favor no 1º turno, não se manifestou até o fechamento dessa reportagem.
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