Manaus, 2 de maio de 2024
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Política

Relação rachada? Bolsonaro diz que Paulo Guedes não apita em política

"Temos um bom relacionamento porque eu não apito em economia e ele não apita em política", afirmou Bolsonaro sobre Guedes

Relação rachada? Bolsonaro diz que Paulo Guedes não apita em política

foto: divulgação

Em um discurso a mais de 40 executivas reunidas em São Paulo para um almoço no Palácio Tangará, nesta sexta-feira (30), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que Paulo Guedes, ministro da Economia, não apita em política.

“Converso com eles [ministros] antes de tomar qualquer decisão, seja a mais simples, a mais normal. Chamo Damares e pergunto o que fazer. Paulo Guedes, na economia, quase nada falo. Temos um bom relacionamento porque eu não apito em economia e ele não apita em política”, afirmou Bolsonaro em um vídeo obtido pelo jornal Folha de S.Paulo.

No momento do discurso, o presidente estava ao lado de Guedes, que riu do comentário. A presença da ministra Damares Alves (Família e Direitos Humanos) estava prevista, mas ela não compareceu.

“Obviamente, com o passar do tempo, vou dando minhas peruadas no Paulo Guedes e ele vai dando na política para mim”, acrescentou Bolsonaro no vídeo, emendando que, muitas vezes, o ministro tem uma visão de empresas e o governo federal precisa contemplar questões políticas e sociais.

A fala do presidente ocorre depois de semanas de impasses sobre a divisão de recursos no Orçamento de 2021, com sucessivas divergências entre a equipe econômica de Guedes e o Congresso. Também surge no momento em que há negociações para colocar de pé as reforças administrativas e tributárias, que têm potencial de gerar novos conflitos entre a Economia os parlamentares.

Além disso, o ministro foi alvo de polêmicas nesta semana. Em uma reunião em que não sabia que estava sendo gravado, Guedes disse que algumas universidades abriram vagas para todo mundo durante a gestão petista.

“Deram bolsa para quem não tinha a menor capacidade. Não sabia ler, escrever. Botaram todo mundo. Exageraram. Foi de um extremo ao outro”, disse, em falas relatadas pelo jornal O Estado de S. Paulo na quinta (29).
Na mesma reunião, afirmou que “o chinês inventou o vírus e a vacina dele é menos efetiva que a do americano”.
Depois, em entrevista à Folha de S.Paulo, o ministro destacou que suas críticas a programas sociais eram voltadas ao que chamou de excesso das medidas.

*Com informações da Folhapress