Manaus, 10 de maio de 2024
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Manaus, 10 de maio de 2024

Política

Republicanos deve assumir pasta da Cidadania, com orçamento de R$ 104,2 bi

Ministério é responsável por gerir o Bolsa Família; ao menos três deputados do partido são cotados para a vaga

Republicanos deve assumir pasta da Cidadania, com orçamento de R$ 104,2 bi

Foto: Geraldo Magela/Agência Senado

Como parte de uma espécie de minirreforma ministerial, o Ministério da Cidadania deve vir a ser ocupado por um político do Republicanos, partido do Centrão que integra a base aliada do governo no Congresso Nacional.

A pasta é responsável por gerir o Bolsa Família, e coordenava o auxílio emergencial – benefício que pode ser retomado nas próximas semanas, idealizado para amparar atingidos pelos efeitos da pandemia do coronavírus.

A princípio, o órgão terá um orçamento de R$ 104,2 bilhões em 2021, segundo o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) em análise pelo Legislativo.

O atual ministro, Onyx Lorenzoni, deve ser remanejado para a Secretaria-Geral da Presidência da República, deixando aberta a vaga na Cidadania. A troca está prevista para ocorrer após o feriado de Carnaval.

Entre os cotados para o cargo, estão três deputados federais da sigla: Jhonatan de Jesus (RR), Marcos Pereira (SP) e João Roma (BA). Jhonatan foi líder do partido na Câmara em 2020 e Pereira é o presidente nacional da sigla. O Planalto tem preferência por Roma, já que o parlamentar é ligado ao presidente do DEM, ACM Neto, de quem Bolsonaro se aproximou fortemente durante as negociações para as eleições do novo comando do Congresso.

Procurado, o deputado Jhonatan de Jesus disse que, por enquanto, tudo não passa de especulação. “A escolha vem do presidente da República. Qualquer cidadão no nosso país ficaria feliz em ser ministro, mas, neste momento, tenho outros projetos”, disse.

Os deputados Marcos Pereira e João Roma não responderam aos pedidos de comentário da reportagem. O espaço permanece aberto para manifestações.

Outro deputado da legenda, Lafayette de Andrada (MG), também vinha sendo uma aposta, mas esta semana ele passou a ser sondado para lançar candidatura a presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a fim de fazer frente à indicação controversa da deputada Bia Kicis (PSL-DF).

Esta semana, o Republicanos iria se reunir para decidir o nome a ser apresentado ao presidente Bolsonaro como indicação do partido, mas a reunião acabou não acontecendo, e deve ser adiada para depois do Carnaval. Deputados e senadores ainda negociam as presidências das comissões permanentes, o que deve impactar a definição de demais indicações.

Orçamento bilionário

Criado no início da gestão Jair Bolsonaro como resultado da fusão dos ministérios do Desenvolvimento Social e do Esporte, o Ministério da Cidadania inicialmente foi comandado por Osmar Terra (MDB-RS), que se licenciou do mandato de deputado federal em janeiro de 2019.

Em fevereiro de 2020, para acomodar o democrata Onyx Lorenzoni, que enfrentava desgastes na Casa Civil, Terra voltou para a Câmara e Onyx passou a comandar a Cidadania.

Segundo a proposta apresentada pelo governo federal no fim do ano passado, o Ministério da Cidadania deve ter um orçamento de R$ 104,2 bilhões em 2021.

O órgão ganhou um reforço em relação a 2020. O valor global do orçamento autorizado para a pasta no ano passado foi de R$ 85,9 bilhões, dos quais foram executados 99,7% do total disponibilizado.

Além desse valor, R$ 298 bilhões foram executados neste ministério para as ações de combate à pandemia da Covid-19 – essencialmente, o auxílio emergencial.

(*) Com informações do Metrópoles