O ex-prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB), pediu à Justiça do Amazonas a aplicação de censura contra o governador Wilson Lima (PSC), por postagem em rede social da acusação que ele usou a estrutura da prefeitura para tentar abafar o ‘Caso Flávio’. Wilson disparou críticas a Arthur após o ex-prefeito afirmar que ele estava ‘asfixiando’ a população devido à falta de abastecimento de oxigênio na rede hospitalar do Amazonas.
Wilson Lima postou a mensagem no último dia 14 deste mês. O governador afirmou, na publicação, que Arthur usou a estrutura da Prefeitura de Manaus para encobrir o assassinato do engenheiro Flávio Rodrigues – caso que tem três de seus familiares investigados pela polícia: Alejandro Valeiko, Paola Valeiko e Elisabeth Valeiko, genros e esposa de Arthur, respectivamente.
No último dia 21, a juíza Kathleen dos Santos Gomes, da 18ª Vara Cível e de Acidentes de Trabalho do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM), concedeu liminar em favor de Arthur Neto para que Wilson Lima promovesse a remoção imediata da publicação no Twitter. A juíza ainda estabeleceu multa diária de R$ 3 mil, até o limite de 30 dias, caso a decisão liminar não seja cumprida.
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A publicação ainda estava ativa na conta do governador Wilson Lima nesta segunda-feira (25).
Ainda sobre a decisão, a juíza indeferiu pedido de Arthur Neto para aplicar um tipo de “censura total” contra o governador do Amazonas, para que ele fosse impedido de realizar qualquer tipo de postagem na rede social.
“Defiro o pedido de tutela provisória de urgência para determinar à parte requerida que imediatamente remova/exclua de seu perfil no Twitter o seguinte tweet: “@Arthurvneto falando em homicídio? Durante sua gestão, usou a máquina da Prefeitura de Manaus para encobrir o assassinato do engenheiro Flávio.”, sob pena de multa diária de R$ 3.000,00 (três mil reais), até o limite de 30 (trinta) dias-multa e indefiro petitório no sentido de que o demandado abstenha-se a realizar novas publicações”, decidiu a juíza.
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