Manaus (AM) – O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), Roberto Cidade (União Brasil), propôs, na última semana, que a Prefeitura de Manaus implante um comitê municipal permanente de crise com foco em mudanças climáticas.
Conforme o parlamentar, o objetivo é monitorar e atuar, antecipadamente, as situações emergenciais que se apresentam como consequência das secas históricas e cheias dos rios da região.
O presidente da Aleam avaliou que Manaus é uma capital que precisa de trabalho antecipado e permanente e justificou a mediada com base nas situações climáticas que o Amazonas tem passado nos últimos dois anos.
“Hoje, o que existe no município é a organização de um comitê de crise provisório sempre que uma situação crítica se apresenta. No entanto, uma capital como Manaus precisa de um trabalho melhor coordenado e com equipes que trabalhem, conjuntamente, a longo prazo e de forma permanente. Daí a importância de termos um Comitê Municipal Permanente de Crise. Pelo que temos visto nos últimos anos, essas situações extremas vão se repetir com mais frequência e a nossa população precisa estar assistida com maior eficiência”, disse.
Alerta
O Amazonas enfrenta a pior seca da sua história e todos os 62 municípios, que tiveram situação de emergência declarada, já foram impactados.
Segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), a seca extrema de 2024 poderá se agravar ainda mais até o mês de dezembro. Os recordes históricos dos últimos dois anos dos rios do estado chamam atenção para o agravamento dos impactos das mudanças climáticas na região.
Em Manaus, o rio Negro secou tanto que um tipo de vegetação incomum surgiu. Antes, o que se via em períodos secos era solo seco e rachado. A paisagem nova se tornou frequente nos últimos dois anos, um “sinal de alerta da natureza”, segundo especialistas.
Comitê
Apresentada mediante o Requerimento 3.898/2024, a indicação encaminhada ao prefeito David Almeida (Avante) destaca que os eventos extremos têm ocasionado impactos graves sobre a infraestrutura urbana, a economia local, a segurança e a saúde da população, demandando uma resposta coordenada e eficiente por parte das autoridades públicas.
Dessa maneira, “O Comitê Municipal Permanente de Crise seria responsável por monitorar, prever e mitigar os efeitos adversos dessas situações emergenciais na capital e na Região Metropolitana”.
Conforme a indicação, os trabalhos envolvem diversas secretarias e órgãos municipais, em articulação com instâncias estaduais e federais, incluindo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e demais entidades de pesquisa que possam oferecer dados e previsões essenciais para as tomadas de decisão.
Entre as responsabilidades do grupo estariam o monitoramento contínuo dos níveis dos rios e igarapés; a articulação de ações emergenciais e preventivas; o planejamento e a execução de campanhas de conscientização pública sobre as ações de prevenção e resposta e o estabelecimento de uma comunicação direta e eficaz com as comunidades mais vulneráveis no estabelecimento de procedimentos de segurança.
“A criação do Comitê Permanente também permitiria a elaboração de um plano de resposta rápida, focado na minimização de danos e na resiliência da cidade em face de eventos climáticos extremos. Por meio dele, também, a gestão pública municipal poderá promover ações que assegurem a proteção e bem-estar da população, a integridade dos recursos naturais e a continuidade das atividades econômicas da cidade”, defendeu o deputado.
Com informações da assessoria
LEIA MAIS:
- Proposta de Roberto Cidade que incentiva iniciação científica na educação básica vira Lei
- Roberto Cidade associa favelização em Manaus à falta de planejamento
- Em nova eleição na Aleam, Roberto Cidade é reeleito para biênio de 2025-2027
Não deixe de curtir nossa página no Facebook, siga no Instagram e também no X.