Manaus, 8 de dezembro de 2024
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Cenário

Roberto Cidade propõe que prefeitura estenda atuação do ‘gabinete de crise’

Presidente da Aleam critica atuação do município em situações críticas que merecem atenção antecipada em Manaus.

Roberto Cidade propõe que prefeitura estenda atuação do ‘gabinete de crise’

(Foto: Joel Arthus/Aleam)

Manaus (AM) – O deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Amazonas (Aleam), Roberto Cidade (União Brasil), propôs, na última semana, que a Prefeitura de Manaus implante um comitê municipal permanente de crise com foco em mudanças climáticas.

Conforme o parlamentar, o objetivo é monitorar e atuar, antecipadamente, as situações emergenciais que se apresentam como consequência das secas históricas e cheias dos rios da região.

O presidente da Aleam avaliou que Manaus é uma capital que precisa de trabalho antecipado e permanente e justificou a mediada com base nas situações climáticas que o Amazonas tem passado nos últimos dois anos.

“Hoje, o que existe no município é a organização de um comitê de crise provisório sempre que uma situação crítica se apresenta. No entanto, uma capital como Manaus precisa de um trabalho melhor coordenado e com equipes que trabalhem, conjuntamente, a longo prazo e de forma permanente. Daí a importância de termos um Comitê Municipal Permanente de Crise. Pelo que temos visto nos últimos anos, essas situações extremas vão se repetir com mais frequência e a nossa população precisa estar assistida com maior eficiência”, disse.

Alerta

O Amazonas enfrenta a pior seca da sua história e todos os 62 municípios, que tiveram situação de emergência declarada, já foram impactados.

Segundo o Serviço Geológico Brasileiro (SGB), a seca extrema de 2024 poderá se agravar ainda mais até o mês de dezembro. Os recordes históricos dos últimos dois anos dos rios do estado chamam atenção para o agravamento dos impactos das mudanças climáticas na região.

Em Manaus, o rio Negro secou tanto que um tipo de vegetação incomum surgiu. Antes, o que se via em períodos secos era solo seco e rachado. A paisagem nova se tornou frequente nos últimos dois anos, um “sinal de alerta da natureza”, segundo especialistas.

Comitê

Apresentada mediante o Requerimento 3.898/2024, a indicação encaminhada ao prefeito David Almeida (Avante) destaca que os eventos extremos têm ocasionado impactos graves sobre a infraestrutura urbana, a economia local, a segurança e a saúde da população, demandando uma resposta coordenada e eficiente por parte das autoridades públicas.

Dessa maneira, “O Comitê Municipal Permanente de Crise seria responsável por monitorar, prever e mitigar os efeitos adversos dessas situações emergenciais na capital e na Região Metropolitana”.

Conforme a indicação, os trabalhos envolvem diversas secretarias e órgãos municipais, em articulação com instâncias estaduais e federais, incluindo o Serviço Geológico do Brasil (SGB), o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) e demais entidades de pesquisa que possam oferecer dados e previsões essenciais para as tomadas de decisão.

Entre as responsabilidades do grupo estariam o monitoramento contínuo dos níveis dos rios e igarapés; a articulação de ações emergenciais e preventivas; o planejamento e a execução de campanhas de conscientização pública sobre as ações de prevenção e resposta e o estabelecimento de uma comunicação direta e eficaz com as comunidades mais vulneráveis no estabelecimento de procedimentos de segurança.

“A criação do Comitê Permanente também permitiria a elaboração de um plano de resposta rápida, focado na minimização de danos e na resiliência da cidade em face de eventos climáticos extremos. Por meio dele, também, a gestão pública municipal poderá promover ações que assegurem a proteção e bem-estar da população, a integridade dos recursos naturais e a continuidade das atividades econômicas da cidade”, defendeu o deputado.

 

Com informações da assessoria 

 

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