ROMA – Nesta quarta-feira (19), a última instância da Justiça italiana confirmou a condenação do jogador Robinho a nove anos de prisão pelo crime de abuso sexual contra uma jovem albanesa.
O estupro coletivo aconteceu em janeiro de 2013, em uma boate de Milão. Como não restam mais recursos, a sentença é definitiva. No entanto, como está no Brasil, o jogador não será preso na Itália.
A justiça italiana pode pedir para que o Brasil faça a extradição de Robinho e o amigo, Ricardo Falco, também julgado, para que cumpram a pena no país.
No entanto, a Constituição Federal de 1988 não permite que brasileiros natos sejam extraditados. Sendo assim, a Itália pode pedir ao governo brasileiro para que os dois cumpram os nove anos de prisão em uma penitenciária do Brasil, em caso de viagem a outros países europeus, ambos também podem ser presos, caso a Itália emita um pedido internacional de prisão.
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Relembre o caso
A vítima, que diz que foi embriagada e abusada sexualmente por seis homens enquanto estava inconsciente, na boate, ela completará 32 anos na próxima sexta-feira (21), na época, ela comemorava o 23° aniversário, a albanesa não queria comparecer a audiência, mas foi convencida pelo advogado e acompanhou o julgamento.
O jogador, Falco, e suas defesas, por sua vez, afirmam que a relação foi consensual. Robinho não foi a nenhuma audiência desde que o caso foi aberto, em 2016. A sentença de primeira instância foi anunciada no ano seguinte. Em outubro de 2020, o jogador chegou a ser anunciado pelo Santos, mas uma série de protestos, principalmente nas redes sociais, fez com que o clube suspendesse e encerrasse o contrato com o jogador. No mesmo mês, foi divulgado trechos de uma conversa de Robinho com amigos, no qual eles debochavam da vítima.
Dois meses depois, em dezembro, a dupla também foi condenada em segunda instância, na corte de Apelação de Milão. Na época, a juíza Francesca Vitale, que presidiu o julgamento, disse que “a vítima foi humilhada e usada pelo jogador e seus amigos para satisfazer seus instintos sexuais”.
Agora, com a condenação na última instância, não restam mais recursos para Robinho e Falco, que podem cumprir a pena no Brasil.
O caso contra os outros quatro homens envolvidos está suspenso até o momento, mas pode ser reaberto com a decisão da justiça italiana.
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