Nascido em 1935, Robson Gracie ajudou a difundir o jiu-jitsu brasileiro (Foto: Reprodução)
Manaus (AM) – Mestre faixa-vermelha em Jiu-jitsu, Robson Gracie morreu na noite desta sexta-feira (28) em sua casa no Rio de Janeiro. A notícia foi dada por sua neta, a lutadora faixa-preta na chamada “arte suave” Kyra Gracie.
Robson era o mais velho e último representante da geração que criou e difundiu, pelo mundo, o Jiu-jitsu brasileiro, tão temido quanto admirado.
“Hoje o Jiu-Jitsu se despede do Grande Mestre Robson Gracie, patriarca da Família Gracie e faixa-vermelha. Eu me despeço do meu eterno avô amado que é uma das pessoas mais importantes da minha vida”, escreveu Kyra.
O mestre no esporte nasceu em 1935, no Rio de Janeiro, e foi o segundo filho de Carlos Gracie – patriarca da família. Praticando a arte marcial desde cedo, iniciou sua carreira como lutador na década de 1950.
Robson também se destacou no programa de TV Heróis do Ringue, que foi um dos primeiros registros das lutas de vale-tudo que dariam origem ao MMA (mixed martial arts, ou “artes marciais mistas” em tradução livre), um dos esportes que mais cresce no mundo e que sempre tem em seu cast um membro da família Gracie.
Homenagens
Na manhã deste sábado (29), as homenagens a Robson Gracie se espalharam pelas redes sociais. Praticante e faixa-preta de Jiu-jitsu, o ex-senador amazonense Arthur Virgílio Neto lembrou da amizade com o mestre.
“Robson enfrentou a adversidade até soar o último gongo. Vai se encontrar com meu irmão Rolls, que o amava. Robson foi barbaramente torturado no DOI CODI. Passou 64 dias preso. No dia em que foi solto, foi, com Rolls, me convidar pra ir ao cinema. Ricardo e eu fomos.
Robson Gracie, cabra da peste valente e resistente, morreu. Nós, de certa forma, morremos um pouco também. Vai com Deus, Robson. Beija Rolls por mim. Esse deixou uma saudade que volta toda hora. Beija o Carlson e diz que falo tanto dele, que ele tem de estar ouvindo”, disse o ex-senador.
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