Manaus, 2 de maio de 2024
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Cidades

Rodoviários temem que empresas Global e São Pedro fechem as portas

Trabalhadores buscam ajuda da Prefeitura de Manaus para não ficarem sem emprego após uma possível falência das empresas Global Green e São Pedro

Rodoviários temem que empresas Global e São Pedro fechem as portas

Foto: Arquivo/Portal AM1

MANAUS, AM – Após a empresa Açaí Transportes fechar as portas, em Manaus, e deixar centenas de trabalhadores sem emprego, rodoviários da Global Green e São Pedro temem que o mesmo aconteça com eles, uma vez que já há indícios de que tais companhias de transporte podem vir a declarar falência.

Em julho deste ano, funcionários da Açaí Transportes foram surpreendidos ao chegarem à empresa e se depararem com as portas da empresa fechadas. Na ocasião, os rodoviários foram informados de que a concessão da empresa não havia sido renovada com a Prefeitura de Manaus e que todos seriam indenizados.

Agora, o imbróglio gira em torno das empresas Global Green e São Pedro, que assim como a Açaí, possuem diversas dívidas milionárias. Segundo o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Josenildo Mossoró, a empresa São Pedro não paga o FGTS dos funcionários há quatro anos.

“A Global está em recuperação, né. Então, está complicado, complicadíssimo, como a Açaí foi né. A São Pedro está complicada também, porque não tem garagem, o dono ninguém sabe quem é, não pagam FGTS, então a tendência de uma empresa dessa… não é fácil. Então, os trabalhadores estão apreensivos aí já com medo de acontecer o que aconteceu com a Açaí Transportes. A São Pedro está com quase 4 anos que não deposita o FGTS”, disse Mossoró.

Leia mais: Rodoviários paralisam ônibus e cobram indenização da empresa Açaí Transportes

Nessa quinta-feira (4), alguns rodoviários realizaram mais uma manifestação reivindicando o pagamento do ticket-alimentação e as férias dos trabalhadores.

“Ontem, teve um protesto do próprio trabalhador reivindicando o ticket-alimentação, que ainda não caiu. Está com um mês e cinco dias atrasado e as férias da Global. São 300 férias atrasadas. A turma já voltou a trabalhar e ainda não recebeu”, afirmou.

De acordo com Mossoró, os rodoviários querem uma atitude do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), para que tome alguma providência sobre a situação. Ele afirma que na próxima semana deve haver uma reunião entre a categoria e o gestor.  

“A gente está marcando uma reunião com o prefeito, conversar com o prefeito. A gente vai tentar conversar com ele segunda-feira, se ele pode nos atender. Ele está a par disso, ele já acompanhava esse problema no transporte coletivo, todos os políticos assistem de fora, né”, disse.

Para ele, a solução ideal é que os empresários – donos das empresas – assumam a responsabilidade de resolver os problemas de suas firmas.

“A solução, na minha visão, seria o empresário que tem mais força para assumir uma empresa quebrada. O prefeito deve tomar alguma providência, né, porque quem sofre mais é o trabalhador. Então, vamos esperar o prefeito resolver esse impasse aí. Vamos tentar conversar com o prefeito na segunda ou na terça-feira, quando ele tiver uma folga na agenda”, concluiu Mossoró.

Manifestação

A falência da Açaí Transportes continua prejudicando os trabalhadores. Em setembro, os rodoviários paralisaram os ônibus para fazer uma manifestação, com cartazes e cobravam a indenização da empresa, que está atrasada há três meses.

De acordo com os manifestantes, a empresa faliu e teve que despedir parte do quadro de funcionários. No entanto, eles não foram indenizados, além de não terem acesso ao FGTS e estarem com o INSS atrasado.

Na ocasião, uma cobradora ainda contou ao Portal Amazonas1 que a empresa já começou o processo de venda dos veículos, mas até o momento, não foi feito o pagamento de indenização dos funcionários demitidos. Ainda de acordo com ela, são quase 400 funcionários que não receberam a indenização, e precisam do dinheiro para sobreviver.

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