Manaus, 6 de maio de 2024
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Saiba quais artistas amazonenses já se vacinaram contra a covid-19

"Fui me vacinar porque acredito na ciência, nos cientistas e a que vacina é a única forma de vencer a pandemia".

Saiba quais artistas amazonenses já se vacinaram contra a covid-19

Foto: Reprodução

MANAUS –  Apesar da vacinação estar caminhando a passos lentos no Brasil e no Amazonas, o programa segue dando prioridade aos profissionais de saúde e à população da terceira idade. Na estratégia de imunizar os grupos de risco primeiro, a vacina já chegou para alguns nomes famosos de artistas da região, que fizeram questão de salientar o ato nas redes, com o objetivo de estimular a vacinação.

Foto Reprodução Facebook de Dori Carvalho

Dori Carvalho, 66, é ator, diretor, professor, cronista e poeta. Natural de São Joaquim da Barra no interior de São Paulo, reside em Manaus desde 1978, aqui ele criou a livraria Maíra, que se tornou um dos principais espaços de leitura no Amazonas. Dori é influência para a geração atual, sempre envolvido em projetos que buscam a propagação do conhecimento.

“Fui me vacinar porque acredito na ciência, nos cientistas e a que vacina é a única forma de vencer a pandemia. É muito triste ter que ficar defendendo o óbvio, diante do negacionismo, da negligência e da perversidade de governantes e ‘ceguidores’ (seguidores, de acordo com Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa VOP)”, afirmou Dori Carvalho. O entrevistado aproveitou a oportunidade para fazer um trocadilho.

Ainda sobre a emoção de ter iniciado a imunização, ele disse:

“O processo de vacinação foi tranquilo, sem confusão ou atropelos. Gastei 25 minutos entre minha entrada na fila e ser vacinado. Tive todas as reações a que temos direito: febre, dores por todo o corpo e muitos calafrios… os sintomas duraram por 3 dias. Agora, sinto ainda um pouco de dores musculares. Tudo dentro do previsto. É preciso vacinar, é preciso vacina para todos os brasileiros. Vacina Sim, Ele Não!”.

Foto Reprodução Facebook de Leyla

A escritora e jornalista Leyla Leong, também é uma das imunizadas no estado e há 30 anos se dedica a literaturas para o público infantil e juvenil. Leong  também se dedica a registrar a natureza em seu universo literário. Ela ressalta a saudade que estava das coisas simples: poder ir ao supermercado e ter autonomia nas compras.

“A vacina era como uma luz no fim do túnel, uma esperança. Após um ano em casa, saí para me vacinar, fiquei surpresa com a organização e competência na ação. Fiquei tão feliz, que pedi para a minha filha me levar ao supermercado’. ressaltou a escritora.

Segundo Leyla, o mundo se tornou uma dose de veneno diária, com notícias alarmantes sobre a situação, porém, em cada frasco da vacina, uma dose de esperança era replicada nas pessoas. Ainda em forma de desabafo, a escritora utilizou de sua sinceridade, ao dizer que: “A luz que boia sobre as nossas águas está sendo atropelada pelo banzeiro da ignorância desse desgoverno, o Brasil está nas mãos de um insensato, sem coração, que está nos levando ao extermínio!”.

Zeca Torres em show. Foto: Divulgação

O compositor e cantor Zeca Torres, o Torrinho teve Covid-19 no final do ano passado, entre Natal e Ano Novo e contou que embora não tenha ficado com sintomas grave, não deixou de ser uma experiência psicologicamente traumática. “Naquele período já se iniciava a crise de falta de leitos e o medo era grande de piorar ao ponto de precisar ser internado”.

Neste mês de março ele recebeu a primeira dose da vacina e ressaltou que foi um misto de emoção e alívio. “Tive algumas reações que duraram apenas um dia, como febre e indisposição. O que incomodou mais foi o braço dolorido, que perdurou por quase duas semanas, mas agora está tudo bem. Nada comparável à preocupação por saber que o programa de vacinação ainda engatinha no país, com uma parcela ínfima de cidadãos contemplados”, contou o compositor.

Torrinho explicou que tem consciência de que a imunização é apenas um ato individual e a eficácia da vacina tem caráter coletivo. Para ele, só começaremos a ficar livres dessa praga quando a vacina chegar a pelo menos 50% da população. “Sei também que, mesmo vacinado, não devo abrir mão dos cuidados como higienização das mãos, máscaras, álcool e, sobretudo, ficar longe de aglomerações”.

Foto Reprodução Facebook de Otoni Mesquita

Outro famoso amazonense, o artista plástico, Otoni Mesquita, 67, natural de Autazes, no interior do Amazonas, também está na lista dos imunizados.

Além de artista, ele também é escritor, historiador e apaixonado por pinturas, iniciou no mundo das artes ainda criança. Otoni afirmou que a felicidade total só virá quando a erradicação da covid-19 for uma realidade. Existe, apesar de tudo, um alívio ao fazer o consumo da vacina.

Ele ressaltou a importância da prevenção e do cuidado mútuo, dizendo que a responsabilidade é de todos. “Se um está em risco, estamos todos. Fico triste com o descaso, falta de providência e burocracia que o país vem enfrentando. A cada dia de falta, muitas vidas se perdem.” afirmou o artista.

Otoni preza pela conscientização da população como um todo. Por isso, em um parâmetro geral, todos aqueles que têm vez e voz zelam para que a empatia tome o lugar do individualismo e a desesperança vá embora e que a esperança por dias melhores seja uma realidade, para que essa história possa ser contada com o final feliz pela próxima geração de pensadores.