Manaus, 18 de março de 2025
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Manaus, 18 de março de 2025

Brasil

Saúde investe R$ 20 milhões para vacinar regiões de difícil acesso

A previsão é que o PNI invista cerca de R$ 20 milhões na ação, que vai disponibilizar todas as 22 vacinas do Calendário Nacional de Vacinação.

Saúde investe R$ 20 milhões para vacinar regiões de difícil acesso

(Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Brasil – Nos dias 24 e 25 de fevereiro, a equipe do Programa Nacional de Imunizações (PNI) – reconhecido como uns dos maiores programas de vacinação do mundo – se reuniu com a Força Aérea Brasileira (FAB), na Base Aérea de Manaus (AM), para planejar a Operação Gota 2025. A previsão é que o PNI invista cerca de R$ 20 milhões na ação, que vai disponibilizar todas as 22 vacinas do Calendário Nacional de Vacinação , com exceção da vacina contra a dengue – que não está recomendada para áreas remotas e de difícil acesso.

Além disso, o Ministério da Saúde vai promover treinamento especializado para as equipes locais, garantindo a eficácia e a segurança na administração dos imunizantes. A operação facilita ainda o transporte de vacinas, medicamentos e equipes de saúde, oferecendo suporte a emergências e atendimentos médico-hospitalares de baixa complexidade, contribuindo para a ampliação da cobertura da atenção primária nessas regiões.

Durante o encontro, a equipe da Saúde discutiu os fluxos operacionais e diretrizes da missão, com foco na definição de metas, monitoramento das ações e organização dos grupos responsáveis pelo planejamento logístico. Técnicos e pilotos da FAB ficarão responsáveis pelo georreferenciamento, pontos de saída, rotas e locais de pouso nas comunidades atendidas.

A iniciativa pretende vacinar populações que vivem em áreas remotas e de difícil acesso, abrangendo regiões de fronteira e alcançando comunidades indígenas, ribeirinhas, quilombolas e rurais na Amazônia Legal. Segundo o diretor do Departamento do Programa Nacional de Imunizações (DPNI), Eder Gatti, “a Operação Gota promove equidade, pois leva vacina para áreas bem distantes e a populações com dificuldades de acesso”.

Os critérios para definir essas áreas incluem:

  • Regiões sem acesso por rodovias ou hidrovias;
  • Locais que exigem mais de 5 dias de viagem para atendimento;
  • Áreas sem visitação por mais de seis meses ao ano;
  • Territórios com barreiras geográficas significativas;
  • Regiões de floresta onde o profissional precisa permanecer por mais de 4 dias sem comunicação.

A reunião contou também com a presença da equipe da Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, dos coordenadores do PNI dos estados do Acre, Amapá, Amazonas e Pará, além dos representantes dos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) do Amapá e Norte do Pará, Alto Rio Juruá, Alto Rio Negro, Alto Rio Purus, Médio Rio Solimões, Médio Rio Purus e Vale do Javari.

Operação Gota 

A Operação Gota pretende oportunizar a vacinação segura e equitativa para as populações que vivem nas regiões de fronteiras, populações indígenas, ribeirinhas, quilombolas e rurais em áreas de difícil acesso e remotas na Amazônia Legal.

O DPNI, do Ministério da Saúde, coordena e financia a operação e conta com o apoio do Ministério da Defesa, da FAB, secretarias estaduais e Sesai.

(*) Com informações da assessoria

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