BRASÍLIA/DF- A secretária de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde do Ministério da Saúde Mayra Pinheiro entrou com pedido no STF (Supremo Tribunal Federal) neste domingo (16) para ter o direito de ficar em silêncio durante seu depoimento à CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da Covid. O interrogatório está marcado para quinta-feira (20).
Os advogados de Mayra Pinheiro, que é médica, entraram com um habeas corpus. O pedido é semelhante ao que a AGU (Advocacia Geral da União) solicitou para o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello.
Na sexta-feira (14), o ministro Ricardo Lewandowski decidiu que Pazuello não precisará responder a perguntas na CPI que possam incriminá-lo. O ex-ministro deverá, no entanto, responder aos demais questionamentos feito pelos senadores na comissão.
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Mayra Pinheiro é conhecida como “capitã cloroquina”. No começo de maio ela confirmou ao MPF (Ministério Público Federal) que foi responsável pela organização de uma comitiva de médicos ao Amazonas. Foram lá difundir o uso da cloroquina como tratamento contra a covid-19.
Durante depoimento ao MPF, ela disse que o ministério incentivou o uso do fármaco em diversas visitas de médicos voluntários a unidades de saúde de Manaus. A viagem aconteceu em janeiro, dias antes do colapso do sistema e da crise de falta de oxigênio.
Diversos estudos mostram que a cloroquina é ineficaz contra a covid-19 e não conseguiu conter o avanço da doença no mundo. Além disso, o remédio também pode causar efeitos colaterais graves.
(*) Com informações do Poder360
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