Manaus, 17 de maio de 2024
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Manaus, 17 de maio de 2024

Cidades

Sem resposta de Amazonino, professores se dizem “humilhados e desvalorizados”

Sem resposta de Amazonino, professores se dizem “humilhados e desvalorizados”

Sem nenhuma resposta do governo do Estado após manifestações, nesta terça-feira, 13, em Manaus e em diversos municípios do Amazonas, professores do Estado afirmam que se sentiram “humilhados e desvalorizados” pelo governador Amazonino Mendes (PDT). Os servidores paralisaram as aulas nos três turnos da escolas estaduais hoje.

 

Os professores da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) cruzaram os braços em pelo menos 12 municípios: Manaus, Parintins, Manacapuru, Itacoatiara, Coari, Anori, Codajás, Humaitá, Tabatinga, São Gabriel da Cachoeira, Tefé e Amaturá. A ação é do Sindicato dos professores e pedagogos de Manaus (Asprom Sindical), e tinha como objetivo ‘forçar’ o governador abrir negociação com a categoria, o que não ocorreu.

“Não houve uma palavra do governo para a categoria. Ele está completamente insensível à causa dos professores. Nunca fomos tão humilhados por um governo, como agora. Mas não vamos desistir e amanhã (14), vamos decidir se faremos greve por tempo indeterminado”, pontuou Lambert Melo, representante do Asprom Sindical.

Nesta quarta-feira,14,  será a vez  do corpo docente da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) protestar contra o governo, pelo não cumprimento do Plano de Cargos, Carreira e Remunerações (PCCR).

Audiência

Para amanhã, 14, às 11h, tanto professores da Seduc quanto os da UEA participarão da audiência Pública no plenário da Assembleia Legislativo do Amazonas (Aleam) com autoridades do Estado. Já às 16h, na sede Federação dos Trabalhadores no Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas (Fetracom/AM), os professores da Seduc realizarão assembleia-geral para decidir por deflagrar greve por tempo indeterminado.

Falta de diálogo

A representante Sind-UEA, Gimima Silva, reforçou que, ao contrário de outras categorias, os professores tem encontrado dificuldades para conseguir dialogar no governo de Amazonino.

“Desde outubro, temos protocolado documentos para ter audiência com governador e não temos resposta. O que nos incomoda é que estamos para entrar em período eleitoral e que nenhum tipo de aumento poderá ser dado. Gostaríamos de uma proposta antes que o foco seja só eleição”, desabafou.

Na paralisação nesta quarta-feira, 14, será feita uma panfletagem para esclarecer a comunidade universitária, as principais demandas, como a reposição salarial e o não pagamento da data-base.

O sindicato exige uma mesa de negociação com o governador.