Manaus, 2 de maio de 2024
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Cidades

Serafim denuncia aterro improvisado do Dnit em trecho de desabamento na BR-319

O tráfego de veículos no local foi liberado de forma provisória na última terça-feira (25) pelo Dnit

Serafim denuncia aterro improvisado do Dnit em trecho de desabamento na BR-319

(Foto: Divulgação)

MANAUS – Em discurso na Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), nesta quinta feira (27), o deputado estadual Serafim Corrêa (PSB) afirmou que o aterro improvisado pelo Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) para travessia na ponte sob o Rio Autaz Mirim é uma solução paliativa e não sobreviverá à cheia dos rios.

O aterro foi construído no trecho da BR-319, onde uma ponte desabou no dia 8 de outubro, deixando quatro pessoas mortas e várias feridas.

O tráfego de veículos no local foi liberado de forma provisória na última terça-feira (25) pelo Dnit. O órgão ainda não informou quando a construção da ponte será concluída para garantir travessia segura para condutores e pedestres.

(Foto: Reprodução/Rede Amazônica)

“A ruptura das pontes na BR-319 nos isolou. O Dnit deu uma solução provisória. Vejam, não há hipótese desta obra dar certo. Os rios amazônicos vão começar a subir, na verdade, já começaram a subir. Já está começando a chover. Fizeram uma ponte com três ‘bueirinhos’ que não vão dar vazão a um rio deste tamanho”, disse o parlamentar.

Leia mais: BR-319: deputados estaduais querem instaurar CPI para investigar tragédia ‘anunciada’ no AM

Para o líder do PSB, no parlamento estadual, o resultado da medida escolhida pelo Dnit é previsível.

“Quando o rio encher, vai levar esse aterro com tudo e nós voltaremos a ter o mesmo problema. A ponte segue caída no local e é possível visualizar que o nível que as águas do rio chegam são superiores ao do aterro, que será rapidamente encoberto pelas águas. Então, estão dando uma solução provisória que vai aguentar pouquíssimas semanas. Nós, que moramos na Amazônia, sabemos como as coisas funcionam. Isso me preocupa, espero que eu esteja errado, mas os meus olhos estão vendo algo que não tem como dar certo [..]”, concluiu Corrêa.