O governador do Estado informou à imprensa a pretenção de extinguir secretarias do governo (Secom)
Servidores públicos do Amazonas se mostram temerosos em não receber a primeira parcela do 13º salário nem mesmo em novembro, conforme o novo anúncio do governador Wilson Lima (PSC). Uma solução apontada pelos concursados é reduzir o número de comissionados, o pedido é recorrente e se intensificou com a aprovação da lei, publicada nesse mês, que congela os reajustes deles até 2021.
Essa preocupação é externada pelo presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Amazonas (Sispeam), Riad Ballut, e Odirley Araújo, secretário geral do Sindicato dos Funcionários da Policia Civil Do Estado do Amazonas (Sinpol).
“Não acredito que paguem em novembro também. Até gostaria de está errado, mas se não tomarem providência agora mesmo acho difícil”, disse o presidente do Sispeam. “A nossa indicação é que se faça uma redução do quadro de comissionados e um ajuste nos cargos de confiança para a gente garantir o nosso trabalho no futuro”, sugeriu Araújo.
Wilson Lima não sabe quando vai pagar a primeira parcela do 13º dos servidores públicos (Carlos Bolívar/Amazonas1)
Diminuir o número de comissionados também é a recomendação de Riad Ballut. “Todo o dinheiro que não vai para mão do servidor público vai para a corrupção e o dinheiro que vai para corrupção não vai para a cidade de Manaus”, afirmou.
O dirigente sindical também falou que é preciso o governo investir na contratação de auditores fiscais, já que há mais de 15 anos não há concurso para o cargo. “Com mais auditores maior vai ser a arrecadação do Estado”, defende o presidente do Sispeam.
Impacto no comércio
A quebra da promessa do governador Wilson Lima (PSC) quanto ao pagamento da primeira parcela do 13º salário dos servidores públicos vai afetar as vendas no dia dos pais, segundo o presidente do Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus (CDL Manaus), Ralph Assayag. Por conta dessa alteração na data da primeira parcela do pagamento do 13º, deixou de circular no mercado cerca de R$ 300 milhões, de acordo com o secretário geral do Sinpol.
A previsão é que haja um crescimento nas vendas de 2.11% em relação ao ano passado, conforme estudo da CDL. Entretanto, se houvesse o pagamento da primeira parcela do 13º salário esse percentual seria mais expressivo. Apesar do governo romper a tradição com os servidores, o presidente do CDL entende que as vendas das celebrações do final do ano vão compensar os resultados de agosto e outubro (dia das crianças). “Caso ele (Wilson Lima) vá pagar realmente só no final do ano, nós vamos ter um natal de performance melhor porque estaria se pagando tudo no mês de novembro e dezembro”, calcula.
De acordo com a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), não há previsão para o crédito da primeira parcela do décimo e que a Sefaz estaria aguardando o ingresso de novos recursos, para poder efetuar o pagamento.
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