Soldado é preso em flagrante por feminicídio em Manaus

Foto: Marcello Casal JrAgência Brasil

Manaus (AM) – O soldado da Polícia Militar do Amazonas (PMAM), Olímpio Gomes Maia, foi preso na madrugada deste sábado (4) suspeito de matar a esposa Camila Vitória Friths da Silva, de 25 anos. O crime aconteceu no bairro Lago Azul, zona Norte de Manaus.

A vítima foi atingida com um tiro na cabeça. Segundo informações de amigos da vítima, o policial não aceitava o fim do relacionamento.

Ao sair do local, onde foi preso em flagrante, suspeito foi levado sem algemas por colegas de farda. Um vídeo mostra o momento em que o soldado foi preso.

Umas das moradoras diz no vídeo que a jovem era constantemente agredida pelo policial. Porém, mesmo revelando os abusos no vídeo, a mulher não diz se, em algum momento, teria denunciado a violência que teria conhecimento. “Assassino, batia que só na menina. Tem que ser preso e nunca mia desce da penitenciária, batia que só na mulher dele e ainda vai aí bonitinho, de carona”, diz a mulher que não teve o nome revelado.

Qualquer denúncia de violência contra mulher deve ser feita pelo número 181, da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), ou pelo 180, da Central de Atendimento à Mulher.

Em nota, a PMAM confirmou que o soldado foi preso em flagrante, na madrugada, por “suspeita de feminicídio” contra a esposa.

Ainda conforme a PMAM, o caso está sendo acompanhado pela Polícia Civil do Amazonas (PC-AM) e pela Corregedoria-Geral do Sistema de Segurança Pública do Amazonas e que “os detalhes não podem ser divulgados ainda para não atrapalhar o andamento das investigações.”

O policial vai passar por exame de corpo de delito no Instituto Médico Legal (IML) e, em seguida, para audiência de custódia.

“A PMAM ressalta que não compactua com atos de violência contra as mulheres e que no âmbito da instituição será aberto um Inquérito Policial Militar (IPM).”

Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública (SSP), este ano foram registrados cinco crimes de feminicídios. O assassinato dessa sexta eleva para seis, o número de mulheres mortas por razões da condição de sexo feminino, quando o crime envolve violência doméstica e familiar.