Manaus (AM) – Em postagem nas suas redes sociais, realizada nesta quarta-feira (14), o vice-governador do Amazonas, Tadeu de Souza (Avante), declarou que a Operação Aceiro 2024, lançada em junho de 2024 pelo Governo do Amazonas e coordenada pelo Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), já combateu cerca de 7 mil focos de incêndios no estado durante esse período de queimadas.
“Nosso governo tem intensificado o trabalho de combate aos incêndios com envio de militares, viaturas e equipamentos aos municípios com maiores demandas de ocorrências”, disse legenda.
Nessa quarta-feira (14), o governador Wilson Lima (UB) anunciou uma ampliação de ações de combate aos focos de incêndio do estado, inclusive com o aumento de efetivo do CBMAM, especialmente na região sul do Amazonas. Entre as ações estabelecidas pelo governador, está o envio de 200 alunos soldados e mais 85 brigadistas de imediato para cooperarem nas ações da Operação Aceiro.
Na segunda-feira (12), por exemplo, o Executivo estadual já havia determinado uma ampliação na frota de viaturas e equipamentos ao Corpo de Bombeiros para o enfrentamento das queimadas.
Queimadas
Utilizando como orientação o Satélite Aqua Tarde que disponibiliza pela plataforma BD Queimadas, o Portal AM1 constatou que, na última quarta-feira (14) e no início esta quinta-feira (15), houveram 580 focos de incêndio no estado no Amazonas, sendo 149 focos, o que representa 25,1% do número, aconteceram em Lábrea (a 852,5 km de Manaus).
Consequentemente, com o crescimento das queimadas, a situação das fumaças e a queda na qualidade do ar na capital amazonense volta a ser uma preocupação para os moradores manauaras. O ambientalista e professor da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Erivaldo Cavalcanti, explica que, embora Manaus não esteja no arco das queimadas e não apareça nem entre os 20 primeiros municípios do Amazonas com o maior número de focos de incêndio, é uma das cidades mais afetadas pela situação da fumaça devido à rota natural do ar.
“A rota natural das fumaças passam necessariamente por Manaus, portanto queimadas do Mato Grosso e do Sul do Amazonas nos atingem diretamente. A circulação do ar tem uma rota própria”, explica Cavalcanti.
Nesse sentido, Cavalcanti explicou que, em 2024, a situação da qualidade do ar e as queimadas no Amazonas têm tendência a piorar em comparação aos anos anteriores.
“Esse processo começou de forma antecipada esse ano e os indicadores nos levam há prever um aumento da demanda e a forma de pelo menos suavizar os efeitos. Fiscalização, combate aos incêndios e aplicação da lei é um trinômio que ajudará muito”, completa ambientalista.
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