Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro está preso desde março.
Mauro Cid foi cobrado sobre os áudios em que atacou o próprio ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) e a PF.
Após ser preso, Mauro Cid passou por exame de corpo de delito na Superintendência da PF e foi levado para o batalhão militar por ser oficial do Exército, cargo que não permite a prisão em presídio comum.
Os depoimentos dão detalhes dos encontros convocados por Bolsonaro - que já haviam sido mencionados por Cid - e ainda implicam diretamente integrantes da cúpula do governo do ex-presidente
Mensagens encontradas no celular de Mauro Cid mostram que, apesar de relatórios e reuniões garantirem que as urnas eletrônicas são seguras, deu-se continuidade à elaboração da minuta do golpe.
O depoimento começou às 15 horas de segunda e só terminou às 00:20 desta terça-feira, 12.
A oitiva ocorre após a abertura da fase ostensiva da Operação Tempus Veritatis - apuração sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado.
A afirmação foi feita durante delação premiada feita entre o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro e a Polícia Federal.
Agentes da PF dizem que duas residências, uma casa em Miami e outra na Califórnia, que estão no nome do irmão de Cid, são alvos da investigação.