Marcelo Magaldi terá que explicar contratos sem licitação na Semsa (Reprodução/Internet)
O Tribunal de Contas do Estado (TCE) abriu o Processo 3.269/2017 para investigar o contrato entre a Secretaria Municipal de Saúde (Semsa) e a empresa W. F. Representações Ltda., que recebeu o valor de R$ 690,1 mil, pelo aluguel de cinco ambulâncias, no período de seis meses, sem passar por licitação. O secretário da Semsa, Marcelo Magaldi, foi quem autorizou a contratação.
A investigação tem origem na representação do vereador Marcelo Serafim (PSB) do dia 20 de dezembro do ano passado, que colocou sob suspeita o aluguel dos veículos. “Isso é caso de cadeia; é caso de Polícia”, disse o vereador ao fazer a comparação do custo unitário do aluguel, no período, que é de R$ 138 mil mensal, para cada ambulância, com o valor de mercado do veículo que é de, aproximadamente, R$ 140 mil.
“É um contrato gracioso, se formos lembrar que não temos dentro dos distritos carros para levar medicamentos para as unidades de saúde. Quando lembramos que não temos sequer papel higiênico para levar às UBSs. Esse contrato é um absurdo, é um desrespeito com a inteligência do povo”, denunciou o vereador.
Ao ser questionado pela imprensa sobre a justificativa para a dispensa de licitação no contrato com a W.F. Representações, Marcelo Magaldi alegou que as ambulâncias precisavam estar à disposição da prefeitura “para atender as demandas das festas de fim de ano e do Carnaval”, o que foi rebatido por Marcelo Serafim.
“Quer dizer que ninguém sabia que no dia 31 de dezembro seria a virada do ano? E que em fevereiro temos Carnaval? Esse contrato é desrespeitoso, é indecente e imoral. Não podemos aceitá-lo de forma passiva”, afirmou o parlamentar, reiterando a importância da investigação do Tribunal de Contas do Estado.
Publicação da abertura do processo no TCE:
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