O Tribunal Penal Internacional em Haia pediu a prisão do presidente da Rússia, Vladimir Putin. A decisão divulgada nesta sexta-feira (17), vem dias após as investigações da Corte concluírem que Putin cometeu crimes ao invadir a Ucrânia.
Na terça-feira (14) o governo russo afirmava não reconhecer a jurisdição da corte de Haia sobre o tema. Ao mesmo tempo, Haia não concede imunidade de chefes de Estado, o que pode trazer algumas punições a Putin.
Entre as acusações contra o Kremlin (sede do governo russo) estão os sequestros de menores ucranianos por soldados russos e a destruição da infraestrutura da Ucrânia.
A primeira acusação diz respeito a um programa russo que retira menores de seu país para “reeducá-los” ou os inserir em outros lares a fim de que se “tornem cidadãos russos”. Informações dão conta de que esses jovens seriam retirados de orfanatos.
Para que Putin seja realmente punido com prisão seria necessário que fosse capturado fora do seu país, ou enviado a Haia (na Holanda) pelo seu próprio estado, o que só aconteceria se toda a cúpula atual do Kremlin caísse, o que segundo analistas, é praticamente impossível.
Outros condenados
O Tribunal Penal Internacional coleciona poucos casos de sucesso quando o assunto é a prisão de chefes de Estado acusados de crimes contra a humanidade. Em 1988, o ex-ditador chileno Augusto Pinochet foi detido em Londres após a Espanha ter expedido um mandado.
Pinochet escapou da prisão por conta de sua idade avançada (83 anos) e graves problemas de saúde. Pinochet morreu em 2006.
O ex-líder sérvio (entre 1989 e 1997) e iugoslavo (entre 1997 e 2000) Solobodan Milosevic foi preso seis meses depois de renunciar, em 2000, quando foi preso e enviado a Haia pelas autoridades de seu próprio país. Milosevic se enforcou em sua cela em 2006.
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