Manaus, 3 de maio de 2024
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Manaus, 3 de maio de 2024

Política

Tucanos são pressionados a escolher entre Leite e Doria, enquanto Arthur busca apoio na reta final

Filiados em São Paulo temem demissões caso declarem voto à Eduardo Leite, e o mesmo ocorre no Rio Grande do Sul, caso funcionários apoiem a campanha de João Doria

Tucanos são pressionados a escolher entre Leite e Doria, enquanto Arthur busca apoio na reta final

Foto: Reprodução

São Paulo, SP – Com a aproximação das eleições internas do PSDB para definir um candidato à presidência para 2022, Arthur Virgílio Neto tenta uma abordagem diferente para conquistar apoio, ao contrário dos adversários João Doria e Eduardo Leite, que disputam voto a voto. A votação o ocorre no próximo dia 21 de novembro.

Na reta final, os aliados dos candidatos favoritos nas eleições passaram a monitorar uma série de casos de pressões, negociações e até mesmo demissões. Entre os casos está a demissão pelo prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, do então secretário de Habitação, Orlando Faria. A demissão ocorreu após Faria decretar voto em Leite.

Por sua vez, Doria nega que a demissão tenha relação com as prévias do PSDB. Porém, aliados do governador do Rio Grande do Sul destacam que a pressão para que os tucanos paulistas votem em João Doria parte do argumento de que será possível identificar os votos dos filiados, o que não é verdade. 

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Os filiados temem que receio o governo de São Paulo corte os investimentos, que chegarão a R$ 50 bilhões no período pré-eleitoral, caso as cidades não votem em Doria. A organização do PSDB reiterou que o voto é secreto e apenas será divulgado o total geral e por grupos mandatários. 

Durante a apuração, a Folha De S. Paulo identificou quatro casos de prefeitos, vereadores ou servidores que relataram cobranças pelo voto em Doria por meio de demissões de cargos públicos ou retaliações partidárias. Ainda há relatos de que prefeitos estariam sendo cobrados a demitir funcionários que se opõem em votar no governador de São Paulo.

Segundo Marco Vinholi, presidente do PSDB-SP, Marco Vinholi, que é secretário da gestão Doria, afirmou que a narrativa de perseguição é fantasiosa. “Não há entre os nosso militantes esse tipo de postura em momento algum.”

Já no Rio Grande do Sul, aliados de João Doria também temem perder os cargos caso não declarem voto em Eduardo Leite. De acordo com o prefeito de Vacaria (RS), Amadeu Boeira, que apoia Doria, a campanha de Leite já conseguiu reverter o voto de dois vice-prefeitos, que inicialmente apoiariam o paulista.

Em defesa, o presidente do PSDB-RS, deputado federal Lucas Redecker, destacou que os gaúchos que se posicionaram a favor de Doria “nunca foram pressionados”.

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“O que a gente faz é dialogar com líderes, mostrando a importância de ter um candidato com o perfil de Leite. Não é nenhuma pressão vinda do governo, de secretários do governo, em relação a benefícios para as cidades, isso não existe no estado”, informou à Folha.

Com o desejo de representar a Região Norte, o ex-prefeito de Manaus, Arthur Neto, não está sob os holofotes, mas tem viajado para ganhar apoio nas prévias do partido.

Apesar de ser a zebra na disputa, Arthur reconheceu que está em um uma guerra, mas garantiu que não vai desistir da disputa de representar o PSDB nas eleições presidenciais de 2022.

‘’Diferentemente dos candidatos que disputam uma eleição, eu disputo uma cruzada. O cruzado tem a honra, só volta para casa morto na luta ou vivo’’, declarou. 

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Com pautas voltadas para a Amazônia, o ex-prefeito de Manaus viaja pelo Brasil para encontrar com tucanos e destacar os projetos que pretende apresentar caso seja o candidato do PSDB nas eleições.

‘’As prévias do PSDB, mais do que a escolha de um candidato, são para trazer pautas fundamentais ao país, são para resgatar aquilo que já fomos, uma nação respeitada pelo mercado internacional e forte institucionalmente’’, pontuou.

(*) Com informações da Folha de S.Paulo

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