Manaus, 11 de maio de 2024
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Cidades

Ucraniano é investigado por importunação sexual em Manaus

O ucraniano teria agarrado a vítima pelos braços na tentativa de obrigar que a oficial entrasse na embarcação em que ele trabalha.

Ucraniano é investigado por importunação sexual em Manaus

(Foto: YouTube/Reprodução)

Manaus (AM) – Um inquérito policial foi instaurado para apurar o crime de importunação sexual, que teria ocorrido na sexta-feira (08), contra uma piloto de uma embarcação de um transatlântico cargueiro, que estava atracado no Porto Chibatão, bairro Colônia Oliveira Machado, zona Sul de Manaus. A informação foi divulgada nesta terça-feira (12) pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM).

O caso ocorreu um dia após o Dia Internacional da Mulher, comemorado também na Ucrânia. O oficial de náutica do transatlântico Express France, de Malta, Gebenyan Vae, acompanhado de um grupo, teria agarrado a oficial que faz parte da tripulação do transatlântico CMA CGM Veracruz e voltava de um jantar. Agora, ele pode ser preso conforme as leis do Brasil.

O caso foi registrado no 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP). O ucraniano, com outros cinco tripulantes que também voltavam para o navio, avistou a oficial e passou a importuná-la. Ainda conforme o órgão, o homem teria agarrado a vítima pelos braços na tentativa de fazê-la entrar na embarcação dele, além de fazer assédio verbal.

Nas redes sociais, o Sindicato Nacional dos Oficiais da Marinha Mercante (Sindmar) se prontificou a ajudar com a denúncia e ir atrás da Justiça após ficar sabendo do caso. O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transportes Marítimos, Aéreos e Fluviais, Carlos Augusto Muller, chegou a gravar um vídeo afirmando que é nos navios de bandeiras estrangeiras que acontecem os piores casos de assédio e intimidação contra trabalhadores brasileiros, sejam homens ou mulheres.

Durante investigação da polícia realizada na segunda-feira (11), o navio do qual o ucraniano faz parte deixou Manaus com destino a Cartagena, Colômbia, e só retornará ao Amazonas em abril. A polícia avalia a possibilidade de prender o estrangeiro ou deter o navio por meio da Marinha do Brasil.

Segundo o artigo publicado pela advogada Beatrice Karla Lopes Pires, para o site Jusbrasil, se um estrangeiro cometer um crime no território brasileiro, seja em terra ou mar, ele deverá ser julgado no Brasil pela Lei Brasileira. Como se trata da soberania do Estado, as leis de outros países não são aplicáveis.

E caso um estrangeiro cometa um crime no Brasil e saia sem ser preso, ele é considerado foragido da Justiça Brasileira.

Sem confirmar se o ucraniano já saiu do país, a PC-AM disse ao Portal AM1 que a vítima foi ouvida pelo delegado Cícero Túlio, do 1° DIP, na presença da sua advogada, bem como foi colhido depoimentos dos agentes portuários responsáveis pela fiscalização da região. Os autores também serão chamados para serem interrogados.

 

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