Manaus, 23 de abril de 2024
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Cenário

Vereador Gerson D’Ângelo é denunciado pelo MP por ameaça e desacato

O MP-AM resolveu denunciar o vereador Gerson D'Ângelo após ameaças a um gestor de uma escola em Manacapuru; caso aconteceu em maio

Vereador Gerson D’Ângelo é denunciado pelo MP por ameaça e desacato

Foto: Reprodução

MANACAPURU, AM – O vereador e primo do prefeito de Manacapuru, Gerson D’Ângelo Ribeiro da Silva, foi denunciado pela 1ª Promotoria de Justiça de Manacapuru, do Ministério Público do Amazonas (MP-AM) pelos crimes de difamação, ameaça, desacato e medida sanitária preventiva (art. 268, CPB).

“Os crimes foram cometidos no mês de maio, quando Gerson D’Ângelo queria adentrar nas dependências da escola municipal Zoraida Ribeiro Alexandre, onde a Câmara Municipal de Manacapuru estava funcionando provisoriamente em razão da enchente.”, afirmou o MP.

Na ocasião, o vereador ameaçou o gestor da escola, Jackson Azevedo, por não querer usar a máscara de proteção contra a covid-19. O gestor da escola foi retirado do cargo logo após a discussão.

Além do gestor, o vigia Elones Moreira da Silva e a auxiliar administrativa Mikaela Amorim Lima, de quem o denunciado chegou a subtrair, por breve espaço de tempo, o aparelho de telefone celular.

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O MP-AM começou a investigar o caso no dia 27, ao tomar ciência das ameaças que o diretor e funcionários que testemunharam os fatos estariam sofrendo. Valendo-se da condição de primo do atual prefeito de Manacapuru, Betanel D’Angelo, o denunciado, cumpriu a promessa de exonerar da direção da escola o gestor Jackson Azevedo de Souza. A vítima foi reconduzida ao cargo mediante determinação judicial. O vigia e a auxiliar também foram transferidos para outro estabelecimento de ensino.

Nos autos, o Ministério Público requer, após o recebimento e autuação da denúncia, a citação do denunciado para o oferecimento, por escrito, de resposta à acusação, bem como designação de dia e hora para audiência de instrução e julgamento e oitiva dos ofendidos, conforme determinações do Código de Processo Penal (CPP).

Os delitos tipificados em função da conduta do vereador permanecem sob investigação, com vista a representação por eventual quebra de decoro parlamentar, além de possível conduta de improbidade administrativa. Até o oferecimento da denúncia, nenhuma apuração quanto à conduta do denunciado havia sido iniciada na Câmara Municipal.

O vereador ainda não se manifestou sobre a denúncia, mas o espaço segue aberto.

(*) Com informações da Assessoria

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