Foto: Robervaldo Rocha / CMM
Os vereadores da Câmara Municipal de Manaus (CMM) repercutiram, na primeira sessão plenária deste ano, nesta terça-feira (9), a demissão em massa de aproximadamente 10 mil trabalhadores do setor de alimentação fora do lar na capital amazonense.
A confirmação dessas dispensas ocorreu nessa segunda-feira (8) no Sindicato Laboral, no Centro de Manaus, onde vários empresários estiveram presentes, além dos membros da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
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Primeiro a trazer o assunto à tona na CMM, o vereador Peixoto (PTC) defendeu que é necessária a criação de uma solução específica para setores do comércio com o objetivo de que haja um equilíbrio.
“A falta de renda, falta de trabalho, falta de emprego, a fome também matam. Então é necessário que se chegue a um equilíbrio entre saúde e economia, e para que, de maneira segura e responsável, o poder público possa também olhar essa questão com um pouco mais de carinho”, disse.
“É um dos setores que mais emprega no Brasil. É um setor que está havendo uma demissão em massa, está havendo um fechamento de empresas. Isso vai impor à sociedade que o Poder Público aumente os seus braços com relação ao auxílio a essas pessoas. Precisa ter um equilíbrio para que chegue a uma solução a essas famílias”, continuou.
Já vereador Lissandro Breval (Avante) afirmou que o ideal é criar um mecanismo de pacto pela manutenção de emprego em prol da população manauara.
“Ontem nós tivemos mais um movimento de empresários, quase 10 mil empregos vão acabar. A gente precisa, como parlamentar municipal, criar um mecanismo, criar um pacto por Manaus, pelos trabalhadores de Manaus, da construção civil, das academias, bares e restaurantes, enfim, todo um pacto pela manutenção”, disse.
Ele disse, ainda, que já havia procurado a Secretaria Municipal de Finanças (Semef) para buscar uma solução referente a essas 10 mil demissões já homologadas. De acordo com o parlamentar, é necessário uma aceleração na vacinação, a fim de que todos sejam imunizados e a economia possa retornar.
“Na segunda-feira passada, fizemos uma reunião, com participação do vereador Rodrigo Guedes, também, onde conversamos com a Semef para buscar uma saída para os membros da Abrasel. O momento é muito delicado, a prefeitura está fazendo sua parte com as vacinas, mas ainda não é suficiente. É necessário um grande número de vacinados para retomar a economia e reabrir. Mas, enquanto isso, o povo que tá [sic] em casa, está chegando a fome e a doenças. Precisamos construir um pacto o mais rápido possível pelos trabalhadores e buscar soluções”, disse o vereador.
Dono de um bar e protagonista de algumas polêmicas envolvendo o fechamento de estabelecimentos em Manaus, o vereador William Alemão (Cidadania) se diz preocupado com a economia e também defende um equilíbrio nas soluções para o desemprego em meio à pandemia de covid-19.
“O que nós precisamos equilibrar, agora, é que quem sai de casa agora não tem que ser o bandido, tem que ser o trabalhador que quer botar arroz e feijão na sua mesa. Voltar a ter dignidade. Não vai ser com auxílio que vamos sair de Manaus bem não, precisamos de emprego. E, infelizmente, o setor de alimentação fora do lar perdeu 10 mil empregos em Manaus, ao longo desses últimos seis meses quase 30 mil. E isso é só um setor, imagina como está todo o resto”, afirmou William.
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