Manaus, 8 de maio de 2024
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Cidades

Mototaxistas cobram Prefeitura de Manaus após colega morrer atropelado por ‘Amarelinho’

Deusimar foi atropelado por um ônibus "Amarelinho" que trafegava na contramão, na zona Leste

Mototaxistas cobram Prefeitura de Manaus após colega morrer atropelado por ‘Amarelinho’

MANAUS, AM – Mototaxistas fecharam a rotatória Bola do Produtor, na zona Leste de Manaus, na tarde desta terça-feira (25), em manifestação pela morte do mototaxista Deusimar Pereira Holanda, 49. Ele foi atropelado por um ônibus “amarelinho” que trafegava na contramão, no sábado (22).

Durante a manhã, após a confirmação da morte de Deusimar, a categoria se reuniu na frente do Hospital e Pronto-Socorro Platão Araújo e cobrou justiça pela vítima. Já durante a tarde, eles fizeram a manifestação e cobraram a Prefeitura de Manaus quanto à fiscalização do transporte alternativo.

“O poder público não faz nada. Sempre foi esse problema. […] Eles matam pessoas pela cidade e a prefeitura não faz nada. A prefeitura tem que tomar uma atitude, atitude de fiscalizar. ‘Botar’ pessoas padronizadas para trabalhar. Ter mais responsabilidade com a categoria”, disse um dos mototaxistas.

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O vereador Rodrigo Guedes (PSC) também participou da manifestação e acusou a prefeitura de “omissão” devido à falta de organização no sistema de transporte alternativo, mesmo em meio a diversas denúncias de irregularidades. O vereador já solicitou do Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) o cancelamento da concessão do motorista que causou o grave acidente.

“Uma vida foi perdida pela omissão da Prefeitura de Manaus, pela omissão do poder público municipal que permite que os motoristas dos ‘amarelinhos’ façam o que bem entendam no trânsito aqui na zona Leste de Manaus. […] Inclusive, com denúncias gravíssimas. […] prefeito, secretário, coloquem ordem. Por favor, pessoas estão morrendo por conta dessa omissão criminosa da Prefeitura de Manaus”, afirmou Guedes.

Veja

Sem licitação

Manaus possui cerca de 250 micro-ônibus alternativos em atividade que atuam em regime de contratos temporários, sem licitação. A promessa de organizar o modal já é antiga, mas até a gestão de David Almeida, nada foi feito. No ano passado, o diretor-presidente do IMMU, Paulo Henrique Martins, chegou a dizer que a licitação seria realizada, mas não houve progresso.

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Após a morte de Deusimar, o IMMU informou que o caso deve ser devidamente investigado. Segundo a assessoria, o diretor-presidente da autarquia teria ficado indignado com o desrespeito e a irresponsabilidade do condutor do micro-ônibus.

David Reis