Da Redação – O número de votos brancos e nulos no primeiro turno das eleições suplementares no Amazonas mais que dobrou na comparação com o primeiro turno de 2014, quando o Estado participou das eleições gerais no País. O percentual passou de 6,68 para 15,82. Em números reais, significa dizer que, há três anos, 148.810 pessoas deixaram de escolher um candidato, apesar de comparecerem às urnas. Ontem, esse número saltou para 280.027, quantitativo que pode definir a disputa eleitoral no segundo turno.
Além disso, 569.501 eleitores, o equivalente a 24,35%, não compareceram à votação. Esse percentual somado aos votos brancos e nulos chega a 40%, mais do que a votação recebida pelo primeiro colocado, Amazonino Mendes (PDT), que foi de 38,77%.
O pleito também registrou um dado negativo: os votos válidos registrados no primeiro turno foram inferiores aos dois turnos de 2014 e 2010 no Estado. Foram 1.489.358 neste ano (63,67% dos aptos) contra 1.643.007 no primeiro turno de 2014 (73,78% do eleitorado), 1.566.457 no segundo turno (70%) e 1.477948 em 2010 (72,7%), época em que a eleição foi definida em apenas um turno.
O comparativo percentual ocorre porque, entre as três eleições, houve evolução no eleitorado estadual, que passou de 2.030.549 em 2010, para 2.226.891, em 2014 e, em seguida, para os atuais 2.338.886, conforme dados do Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
O número de cidadãos que decidiram não votar em nenhum dos oito candidatos aptos à disputa, no último domingo, também superou o segundo turno das eleições de 2014 (155.829 – 6,99% do eleitorado) e o primeiro turno das eleições de 2010 (144.000 – 7,09%).
No primeiro turno das eleições suplementares deste ano, que levou Eduardo Braga (PMDB) e Amazonino Mendes (PDT) ao segundo turno, previsto para o próximo dia 27, outro dado chamou a atenção: o número de abstenções. Foram 569.501 neste ano contra 433.813 no primeiro turno da eleição passada ao governo, uma diferença de quase cinco pontos percentuais, representados por 138.688 eleitores a mais que não compareceram aos seus locais de votação.
Apesar de, historicamente, as abstenções no segundo turno terem se mantido entre 19% e 22% do eleitorado, o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-AM) informou que, mesmo quem faltou ao primeiro turno das eleições, está apto a votar no dia 27 deste mês.
Brancos e nulos podem ser decisivos
Na última eleição ocorrida no Estado para eleger governador, deputados estaduais e presidente da República, a diferença entre o primeiro e o segundo colocados (Omar Aziz – PSD – e Alfredo Nascimento – PR), foi de 561.020, o equivalente, por exemplo, ao número de abstenções registrado ontem. Já em 2010, a distância entre os dois primeiros colocados (José Melo – PROS – e Eduardo Braga – PMBD) foi de 173.527, inferior tanto às abstenções quanto à quantidade de votos brancos e nulos somadas no último domingo, o que mostra que a categoria pode definir o pleito no próximo dia 27.
No primeiro turno das eleições suplementares, compareceram à votação 1.769.385 eleitores, em 6.668 seções eleitorais distribuídas pelos 62 municípios amazonenses, o equivalente a 75,65%, segundo o TSE.
VEJA OS QUADROS ABAIXO
Brancos e Nulos
2017 – 280.027 (15,82%)
2014 – 148.810 ( 1o Turno – 6,68%)
2014 – 155.829 (2o Turno – 6,99%)
2010 – 144.000 (1o turno – 7,09%)
Abstenções
2017 – 569.501 (24.35%)
2014 – 433.813 (2o turno – 19,4%)
2014 – 503.403 (2o turno – 22,60%)
2010 – 406.174 (1o turno – 20%)
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