O candidato a governador do Amazonas, jornalista Wilson Lima (PSC), disse que a denúncia feita pela jovem Ana Sara Oliveira, 21, de que ele manteve relações sexuais com ela, quando Sara tinha 14 anos, não influenciou negativamente o eleitorado no Estado. O jornalista avaliou que a revelação da jovem fez aumentar seus votos.
“A pesquisa (Ibope) que foi divulgada, ontem (segunda-feira), não indica que a gente perdeu voto, indica que a gente ganhou. Nós crescemos a cada dia, a cada momento em que eles nos atacam, nós vamos crescendo”, declarou Lima, durante um encontro de candidatos ao governo com empresários, realizado nesta terça-feira, 19, em um restaurante no bairro Cidade Nova, zona Norte de Manaus.
O jornalista prometeu processar Ana Sara por ter afirmado que eles tiveram um relacionamento amoroso. O episódio veio à tona após a Revista Veja publicar, na semana passada, que Lima denunciou uma adolescente em 2012 por ela ter postado uma foto dos dois nas redes sociais. O Boletim de Ocorrência (BO) foi registrado na Delegacia de Homicídios, onde, segundo Sara, Wilson tinha um amigo policial.
Lima alegou que o encontro coma Ana Sara ocorreu porque o programa que ele apresenta em uma emissora de TV fazia promoções de jantares com fãs, mas a jovem teria confundido e divulgou imagens que remetiam a uma relação amorosa. “Esse é um caso de polícia, é um caso de Justiça. O nosso jurídico já está cuidando disso, eles estão tomando lá as medidas cabíveis”, completou.
Ameaças
Aparentando ser de uma família humilde, Ana Sara e a mãe dela afirmaram que, na época em a jovem postou foto do jornalista nas redes sociais, foram ameaçadas e a então adolescente disse que foi coagida a entregar dados da conta dela para Lima fazer a exclusão do perfil.
Sara prometeu ir ao Ministério Público do Estado (MP-AM) pedir proteção por receio de retaliações, mas, segundo o órgão, ela ainda não compareceu ao local.
Em sua defesa, o jornalista Wilson Lima atribuiu a denúncia da jovem à ‘perseguição política de adversários’. “Esse é um roteiro já ensaiado da velha política. À medida em que eles nos atacam, a gente trabalha, a gente aumenta a nossa hora trabalhada. Isso nada mais é do que desespero de quem vai perder, de quem não quer deixar o poder”, alegou.
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