Após ficar cinco dias preso pela Operação Patrinus, deflagrada pelo Ministério Público do Amazonas (MPAM), no dia 26 de setembro, por suspeita de corrupção, o prefeito de Coari, Adail Filho, divulgou vídeo nas redes sociais parabenizando os servidores públicos, pelo seu dia, 28 de outubro, e anunciando que o pagamento do mês foi antecipado para essa semana.
No vídeo, de aproximadamente 53 segundos, o prefeito informa que o calendário antecipado começa na quinta-feira, 24, e encerra na sexta-feira.
Além disso, o chefe do executivo de Coari também convida os servidores para uma grande festa que acontece no dia 28, no Centro Cultural da cidade.
A justiça decretou a prisão de Adail Filho por envolvimento em suposto esquema criminoso operado em forma de organização criminosa, criada para fraudar licitações, lavar dinheiro e corromper a estrutura de poder do município de Coari.
Ele ficou um dia foragido e se entregou na sede do Ministério Público do Amazonas (MP-AM), no final da manhã do dia 26.
Fantástico
“O prefeito que esbanja com dinheiro da corrupção”, foi a chamada do Fantástico para exibição do programa no domingo, 29 de setembro, na TV Globo, que mostrou toda a repercussão da prisão de Adail Filho.
O Fantástico também lembrou a prisão do pai de Adail Filho, o ex-prefeito Adail Pinheiro, condenado por desvios de verbas e exploração sexual de crianças.
Operação Patrinus
A operação expediu 70 mandados de busca pessoal e de busca e apreensão, cumpridos em domicílios, órgãos públicos e em sedes de empresas.
Os alvos da ação foram secretários municipais, vereadores, empresários de Coari e Manaus, além da deputada estadual Mayara Pinheiro (PP), irmã de Adail e ex-vice-prefeita do município.
O grupo estaria envolvido em um esquema criminoso que movimentou aproximadamente mais de R$ 100 milhões, entre os anos de 2017 e 2018, referentes à licitações, dispensas indevidas de licitações e contratos superfaturados.
Defesa
Por meio de nota, o prefeito Adail Filho, do município de Coari, afirmou que as acusações de desvios de recursos por meio de fraudes em licitações no município são infundadas e que o pedido de sua prisão temporária é desnecessário.
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