A morte de ‘17’ suspeitos do tráfico de drogas pela Polícia Militar (PM) – número informado pela Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) – no bairro Crespo, na zona sul, completa, nesta quarta-feira, 6, sete dias, e o crime organizado se mantém ‘fortalecido’, contabilizando novas execuções: foram, aproximadamente, 30 mortes com características de acerto de contas, no período de 31 de outubro a 4 de novembro, segundo dados do Instituto Médico Legal (IML).
A média é de seis casos/dia, número que vem se mantendo nos últimos dois meses, o dobro da média diária de 2018. Mas a violência não se restringe aos membros de facções que disputam novos territórios. A cada assassinato, pessoas sem envolvimento com o crime viram vítimas, quando são obrigadas a deixar suas próprias moradias e/ou tornam-se alvos, quando confundidos com bandidos.
Técnicos especializados em Segurança Pública do Amazonas e de todo o Brasil atestam, em estudos, que ‘matar’ não resolve o problema da violência, a não ser que seja para atender interesses específicos.
Lei ou educação
Respeitado pela produção de pesquisas detalhadas, o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), em um estudo de 2017, mostrou que investir em Educação e Empreendedorismo reduz mais a violência do que apenas endurecer a lei. A pesquisa foi feita em todas as regiões do País.
Grupos de risco
Sem escola, sem trabalho ou com inserção laboral precária, os jovens ficam mais desprotegidos e mais expostos, por exemplo, à cooptação pelo crime organizado (51% dos jovens que cumpriam medida socioeducativa de privação de liberdade não estudavam e 49% não trabalhavam).
Confira a segunda parte da Coluna Cenário desta terça-feira, 5
(*) Publicada, simultaneamente, na Coluna Claro&Escuro do Jornal Diário do Amazonas
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