O Senado oficializou, nesta quarta-feira (4), a abertura da Comissão CPI para investigar as organizações não governamentais (ONGs) com atuação na Amazônia. A informação é do autor da proposta, senador Plínio Valério (PSDB), que prometeu não demonizar o papel das entidades que auxiliam o poder público na preservação da floresta e com trabalhos sociais voltados a comunidades tradicionais.
Com previsão para iniciar em fevereiro de 2020, a CPI ainda não tem roteiro geográfico e nem diretrizes de depoimentos, como informou nesta semana, Plínio ao programa ‘DIÁRIO DA MANHÃ’, da RÁDIO DIÁRIO. O debate sobre a criação da CPI surgiu em meio a denúncias, sem provas, do presidente Jair Bolsonaro a ONGs internacionais, como o Greenpeace e WWF Brasil, este ano: em agosto, as entidades foram acusadas de aumentarem as queimadas nas florestas, e depois, responsabilizadas pelo vazamento de óleo no litoral nordestino. Apesar das investigações apontarem para outros suspeitos, o requerimento da comissão foi assinado pela ampla maioria dos senadores.
‘Loteamento’ de terras
Perguntado sobre a motivação da CPI na RÁDIO DIÁRIO, Plínio não citou Bolsonaro e a justificou com o recebimento de denúncias contra entidades que estão, segundo ele, comprando terras no interior do Amazonas.
De WWF a Di Caprio
Depois de acusar o Greenpeace de vazar óleo nas praias do Nordeste, o presidente Bolsonaro disse que o ator americano e ambientalista Leonardo Di Caprio de financiar a WWF Brasil para as queimadas. O ator negou.
‘Joio do trigo’
Sem uma manifestação oficial sobre a CPI das ONGs, o governador Wilson Lima (PSC) disse, no mês passado, que é “preciso separar o joio do trigo”, e falou que há ONGs que “fazem serviços significativos”.
*Com a colaboração de Álisson Castro
(*) Publicada, simultaneamente, na Coluna Claro&Escuro do jornal Diário do Amazonas.
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