De acordo com o delegado da Polícia Federal, Henrique Albergaria Silva, responsável pela coordenação da segunda fase da Operação Sangria, deflagrada nesta quinta-feira (8), ainda não há provas contra o vice-governador Carlos Almeida (PTB), que possam justificar pedido de prisão contra ele, no esquema da compra dos 28 respiradores superfaturados.
A afirmação vai em desencontro com a Procuradoria-Geral da República (MPF), que cita o vice-governador como alguém de influência dentro da Secretaria de Estado de Saúde, sendo sempre consultado sobre os procedimentos de compras.
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A declaração do delegado aconteceu durante coletiva concedida à imprensa, na sede da Superintendência da Polícia Federal do Amazonas.
Henrique Albergaria Silva deu poucas informações sobre o papel do vice-governador no esquema. O delegado afirmou que não podia dizer nada se Carlos Almeida corria risco de ser preso.
Depois chegou a dizer que o governador Wilson Lima e o vice-governador devem ser responsabilizados de acordo com o que for apurado no decorrer das investigações.
Ele também confirmou que o vice-governador não foi alvo de pedido de prisão temporária e ao ser questionado se a PF e o MPF possuem provas robustas contra Carlos Almeida, o delegado disse que isso ainda está sendo analisado.
“As investigações ainda estão em curso. Cada um vai ser investigado na medida das suas ações (governador e vice). Isso ainda está sendo analisado”, essas foram as poucas palavras do delegado da PF.
Mandados
A Polícia Federal junto da Controladoria-Geral da União (CGU) cumpriram mandados de busca e apreensão no gabinete do vice-governador, na sede do governo, nesta manhã. Documentos referentes a contratações foram recolhidos, de acordo com a PF.
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