MANAUS, AM – A presença do ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, nas manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no último domingo (23) ainda está repercutindo. Novamente, o deputado federal Marcelo Ramos (PL-AM) criticou a postura do ex-ministro, mas elogiou o Exército Brasileiro.
Em seu perfil no Twitter, Ramos disse que o Exército é uma instituição séria, e que merece o respeito do povo brasileiro. O vice-presidente da Câmara ainda completou, dizendo que a instituição não merece ser exposta “pelas irresponsabilidades de um general”, em uma clara indireta a Eduardo Pazuello.
O Exército é uma instituição séria e que merece todo respeito do povo brasileiro, não merece ser exposto pelas irresponsabilidades de um general que não honra a farda e não respeita as regras.
— Marcelo Ramos (@marceloramosam) May 24, 2021
No último domingo, o general, que é militar da ativa do Exército, participou de um ato em apoio ao presidente Jair Bolsonaro no Rio de Janeiro (RJ). Além de estar ao lado do presidente durante todo o ato, o general ainda discursou. O ato foi marcado por aglomerações, e o número de pessoas presentes sem máscara era incontável, incluindo Pazuello e o próprio Bolsonaro.
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Afronta
A presença do ex-ministro na manifestação foi vista como uma afronta à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia, no Senado Federal. Durante seu depoimento, que aconteceu na quarta (19) e na quinta-feira (20), Pazuello disse que nunca desencorajou medidas de distanciamento social ou uso de máscaras. No entanto, estava aglomerando e sem máscara no ato do Rio de Janeiro.
“Eu gostaria que estivesse com a mesma coragem de hoje na CPI. O general Eduardo Pazuello fez hoje uma escolha de ser o primeiro personagem declaradamente indiciado na CPI”, afirmou o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vice-presidente da comissão.
O deputado Humberto Costa (PT-PI) deu opinião semelhante à de Randolfe. Segundo ele, Pazuello está “debochando” do trabalho da comissão.
“Eu acho que está debochando da população, tentando desmoralizar a CPI, cometendo reiteradamente crime contra a saúde pública. Parlamento, Judiciário e Ministério Público têm que se posicionar sobre isso”, afirmou.
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