Foto: Marcio Oliveira/ Semcom
O fim do segundo mandato de Arthur Virgílio (PSDB) como prefeito de Manaus também marca o fim do cabide de emprego da família no Executivo Municipal. Tanto sua esposa, a primeira-dama Elisabeth Valeiko quanto o filho, Arthur Bisneto (PSDB), ambos nomeados pelo prefeito em 2017 para exercer funções públicas remuneradas deixam os cargos a partir de 2021.
A informação foi publicada no Diário oficial do Munícipio na edição desta sexta-feira (11), onde consta as exonerações de Elisabeth Valeiko do cargo no Fundo Manaus Solidário (FMS) e Arthur Bisneto do cargo de secretário chefe da Casa Civil assinadas por Arthur Neto.
Elizabeth foi nomeado pelo prefeito para o cargo de presidente do Fundo, dando a ela status de secretária municipal e salário mensal bruto de R$ 15 mil. Entre maio de 2017 a agosto de 2020, um levantamento feito pelo Portal AM1 mostrou que a primeira-dama de Manaus já recebeu mais de R$ 660 mil de salário.
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Bisneto
Também em 2017, o filho do prefeito, o ex-deputado federal Arthur Bisneto assumiu o comando da Casa Civil da Prefeitura de Manaus, com remuneração bruta de R$ 18 mil. Em quatro anos, ele embolsou mais de R$ 860 mil de salário da administração municipal.
Sem expressão política como o pai, Bisneto assumiu o cargo após não conseguir renovar o mandato em Brasília e sofrer uma derrota nas eleições de 2018, quando veio como vice do senador Omar Aziz (PSD) na chapa ao governo do Amazonas.
Desde então, o filho do prefeito sumiu dos holofotes públicos e reapareceu em setembro deste ano, após testar positivo para covid-19. Na ocasião, ele foi internado para tratar da doença em uma das unidades de saúde mais cara do país, o Hospital Sírio Libanês, em São Paulo.
Dois meses antes, Arthur Neto também se internou no mesmo hospital para combater o vírus.
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Nepotismo
As nomeações de Elisabeth Valeiko e Arhur Bisneto para cargos remunerados na Prefeitura contrariaram recomendação do Ministério Público de Contas (MPC) para que o prefeito Artur Neto (PSDB) evitasse a prática de nepotismo por meio da nomeação de “cônjuge, companheiro ou parente” em cargos de confiança ou comissionados dentro da administração municipal.
Por conta disso, elas viraram alvo de investigação no Ministério Público do Amazonas (MP-AM). Em 2019, o órgão instaurou um inquérito civil pela suspeita de nepotismo praticado pelo atual prefeito.
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Na época, a Prefeitura de Manaus, justificou que os cargos para os quais a esposa e o filho do prefeito foram nomeados são funções políticas e por isso estariam desvinculadas da legislação que proíbe nepotismo na administração pública.
Veja as exonerações na íntegra:
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