(Foto: Reprodução/Freepik)
Manaus (AM) – Os traumas causados pelo abuso e exploração sexual infantil podem gerar diversas questões para a criança ou adolescente que sofreu. Por ano, o Brasil registra 500 mil casos de exploração sexual contra crianças e adolescentes, ocupando o segundo lugar no ranking de exploração sexual infantojuvenil, segundo o Instituto Liberta. O primeiro país no ranking é a Tailândia.
Conforme a psicóloga Flávia Bueno, quando a violência é praticada por algum parente ou conhecido da vítima, a qual é a forma mais comum desse tipo de violência, a visão de segurança, confiança e proteção que a criança ou adolescente possui é abalada e pode ser reproduzida na vida adulta.
“Muitas vezes o abusador não é uma pessoa estranha, é uma pessoa que está dentro do contexto social familiar da vítima. Pode ser um pai, um tio ou até mesmo uma prima”, disse Flávia.Entre os traumas estão: ansiedade, depressão e comportamento de suicídio e já na fase adulta pode refletir na maneira de se comunicar e se relacionar com outras pessoas e pode se tornar uma pessoa anti-social.
Na fase adulta, qualquer coisa que ative o chamado “gatilho”, pode acionar antigas lembranças, como foi o caso de uma paciente que não citaremos o nome para preservar a identidade da vítima, que não consegue se relacionar com o parceiro por se lembrar dos abusos.
“Uma paciente teve um lapso e se lembrou de algo que aconteceu na infância, pois ela estava falando de uma camisa e a fez relembrar do abuso e ela afirma que a dificuldade de se relacionar com as pessoas e até mesmo de e um ciclo amoroso é devido ao trauma e a pessoa que cometeu a violência ainda vive em seu convívio familiar”, relatou a psicóloga.Ansiedade, depressão, síndrome do pânico, comportamentos autodestrutivos ou sexualização precoce são alguns dos transtornos que podem surgir em adolescentes vítimas de abuso. O transtorno de estresse pós-traumático (TEPT), por exemplo, que causa sofrimento intenso e afeta várias áreas da rotina, como relacionamentos e trabalho, é desenvolvido por cerca de 57% dessas vítimas.
Como ajudar?
A recomendação é procurar um psicólogo de confiança ou buscar atendimento em uma clínica de atendimento de psicologia.Algumas faculdades, entre elas as Boas Novas e Fametro disponibilizam atendimento gratuito a população.
Fametro- Para ter acesso é necessário realizar agendamento na recepção da clínica, localizada na Avenida Constantino Nery, 22, bairro Chapada, na zona centro-sul de Manaus ou pelo e-mail: [email protected].
Boas Novas- Para ter acesso ao atendimento basta se cadastrar no link https://fbnovas.edu.br/site/servicos/spa/
Denuncie o abuso e exploração sexual infantil
E lembre-se que a denúncia é a melhor forma de prevenir a violência sexual contra crianças e adolescentes. Sob qualquer suspeita ou confirmação de algum caso, denuncie pelo Disque 100, ou entrar em contato com o Conselho Tutelar pelo 08000921407. A denúncia é anônima e não há a necessidade de se identificar.LEIA MAIS:
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