Foto: Reprodução
As deputadas Alessandra Campêlo (MDB) e Joana Darc (PL) denunciaram que o deputado Wilker Barreto (Podemos) espalhou fake news contra elas e outros parlamentares em grupos de WhatsApp. A declaração dada nesta quarta-feira (9) é resultado de uma investigação pedida por Alessandra.
Alessandra divulgou diversas imagens nas quais ela e outros colegas são acusados de receber propina para defender o governador Wilson Lima.
No inquérito policial aberto, segundo a deputada, nos grupos em que foram divulgadas essas imagens, um dos administradores era o presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam), Josué Neto (PRTB), e o deputado Wilker Barreto era responsável por um número de telefone que estava divulgando tais fake news.
Wilker estava usando um contato no qual se identificava como “Jully e Pereco”, esse último que seria nome de um dos cachorros do ex-governador Amazonino Mendes (Podemos).
Barreto, enquanto Alessandra falava da tribuna, desafiou a parlamentar para que o processasse. Campêlo retrucou dizendo que o mesmo já estava sendo investigado por meio do inquérito.
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Barreto pouco falou sobre a denúncia. Ele apenas se defendeu afirmando que a divulgação de cards, com as imagens-alvo da investigação policial, não pode ser confundida como autoria dele desses conteúdos divulgados em redes sociais.
A deputada Joana Darc rebateu Wilker, frisando que o contato que está registrado no seu nome desde 2016, não apenas encaminhava mensagens, mas também propagava imagens e cards originais, supostamente criados por ele e seus aliados.
Reclamação do anonimato
Joana Darc ainda reclamou de dois pesos e duas medidas no tratamento do caso de fake news do deputado Wilker Barreto, que, no anonimato, estaria fazendo essas acusações sem passar pela Comissão de Ética da Aleam, enquanto que ela, após fazer uma acusação pública de que o deputado Roberto Cidade (PL) tinha comprado votos dos demais colegas, por R$ 200 mil para ser eleito presidente da Casa, na última quinta-feira (3), foi denunciada.
A deputada disse que possui imunidade parlamentar garantida pelo Regimento Interno da Casa para apresentar a denúncia, sem a necessidade de apresentar provas, mas que, se necessário for, ela vai expor as provas e convocar testemunhas para comprovar a sua denúncia de que Cidade comprou votos.
Wilker respondeu Joana e disse que vai entrar com representação pedindo a cassação do mandato dela no Conselho de Ética. Ele disse que Joana deveria apresentar as provas que possui, no lugar de ameaçar os colegas.
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