Duas crianças com cardiopatia congênita estão sendo encaminhadas para cirurgia em São Paulo. Uma das crianças viaja na quarta-feira, 19, para São José do Rio Preto.
A segunda criança deve viajar na semana do Carnaval e vai realizar o procedimento no Instituto do Coração (Incor), na capital paulista.
A iniciativa é uma das ações da gestão estadual para reduzir o tempo de espera das crianças que aguardam cirurgia cardíaca no Hospital Universitário Francisca Mendes (HUFM), na zona Norte de Manaus.
Várias frentes de ação
O secretário de Estado de Saúde, Rodrigo Tobias, disse que a realização de cirurgia por TFD não foi a única medida do governador Wilson Lima para reduzir o tempo de espera para cirurgia cardíaca.
O governo iniciou, ainda no ano passado, um plano de reestruturação do Hospital Francisca Mendes reduzir a fila de espera.
O hospital aumentou em 87% o número de cirurgias cardíacas no mês de janeiro, em comparação com o mesmo período do ano passado.
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Em janeiro de 2020 foram realizados 58 procedimentos na unidade, enquanto no ano de 2019, o número foi de 31. Segundo o diretor do Hospital Francisca Mendes, Braz Santos a unidade em Manaus continua com o fluxo crescente de cirurgias e procedimentos.
Evolução
No dia 4 de fevereiro, Yran Lucas, de um ano e cinco meses, passou, com sucesso, por procedimento para correção de uma comunicação interventricular (sopro no coração).
A criança foi a primeira a ser enviada após a parceria do Governo do Estado com o Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto.
Na próxima semana, Yran vai retirar os pontos cirúrgicos.
A expectativa é que até o final deste mês a família seja autorizada a voltar para Manaus.
Equipe atenta
Com a liberação da equipe médica do Francisca Mendes, a segunda criança a ser encaminhada para a cirurgia em São Paulo é Diego Rodrigues Júnior, de seis anos.
Ele e a mãe Edivânia Souza embarcam para São Paulo na madrugada de quarta-feira, 19, a primeira consulta no HCM de São José do Rio Preto está marcada para quinta-feira, 20.
Diego também vai fazer a correção de uma comunicação interventricular no coração.
“Só depois dessa consulta e da avaliação médica da equipe de São José do Rio Preto é que vão marcar a cirurgia dele”, disse a coordenadora da Assistência Social da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (Susam), Maria Mazzarelo.
Lucas Eduardo da Silva Souza, 12 anos, deve ser o terceiro a viajar, junto com a mãe, Aline da Silva, neste mês de fevereiro.
No caso de Lucas, Mazzarelo explica que todo o processo do Tratamento Fora de Domicílio (TFD) foi realizado e a equipe aguarda somente o agendamento da consulta no Instituto do Coração.
Com uma estenose supra-aórtica, Lucas também foi liberado, após exames e avaliação, pela equipe médica do HUFM.
O Tratamento Fora de Domicílio (TFD) realizado pelas crianças conta com todo o apoio da Susam, que mobilizou a equipe chefiada pela assistente social Maria Mazzarelo para atender as famílias que viajarão por meio da parceria com o Hospital da Criança de São José do Rio Preto.
Sobre o HCM
Com uma estrutura de oito andares, além de térreo e subsolo, com capacidade para 180 leitos, o Hospital da Criança e Maternidade (HCM) de São José do Rio Preto ocupa uma área de 18 mil metros quadrados e integra um dos maiores complexos hospitalares do estado de São Paulo.
A unidade já tratou mais de quatro mil crianças cardiopatas de todo o Brasil, incluindo de estados da região Norte, como Tocantins e Rondônia.
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Página Incor
O HCM de São José do Rio Preto também tem uma parceria com a fundação Children’s HeartLink, especializada no tratamento de crianças com doenças cardíacas.
A fundação treina equipes médicas locais nos países em que atua, possibilitando que as crianças sejam tratadas em seu próprio país.
Sobre o Incor
Como hospital público universitário de alta complexidade, o Incor dedica-se à assistência, ao ensino, à pesquisa e à extensão universitária.
A unidade tem 75 mil metros quadrados de área construída em dois prédios (11 andares e 17 andares)
O Incor tem 535 leitos, distribuídos em sete alas de internação, dos quais 157 leitos são de UTIs de alta complexidade.
A unidade conta com 14 salas de cirurgia, sete de hemodinâmica e estudos eletrofisiológicos.
Também tem 12 salas de diagnóstico de alta complexidade e 60 consultórios médicos.
Em média, aproximadamente 80% do atendimento do Incor são dedicados a pacientes cujo tratamento é financiado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
(*) com informações da assessoria
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