Manaus, 26 de abril de 2024
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Cidades

Desmatamento na Amazônia gera pedido de indenizações de R$ 3,7 bi

Ações foram propostas em sete Estados da Amazônia Legal: Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima

Desmatamento na Amazônia gera pedido de indenizações de R$ 3,7 bi

(Foto: reprodução)

Em maio deste ano, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou, 1.023 ações civis públicas contra 2.262 pessoas e empresas por desmatamentos ilegais na Amazônia.

Ao todo, o órgão cobra mais de R$ 3,7 bilhões em indenização, além da reparação de 231.456 hectares de floresta degradados.

Segundo o MPF, as ações foram propostas em sete Estados da Amazônia Legal: Acre, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima, a partir da análise de imagens de satélite e do cruzamento das informações com bancos de dados públicos.

Os dados fazem parte da 3ª fase do Projeto Amazônia Protege, que mapeou polígonos de 60 hectares ou mais desmatados entre agosto de 2017 e dezembro de 2019.

Os números foram divulgados nesta segunda-feira, 1º.

Pará  lidera 

O monitoramento apontou que no número de polígonos com área igual ou superior a 60 hectares desmatados ilegalmente entre julho de 2017 e dezembro de 2019, o Pará foi o campeão, com 373 registros.

O corte raso de vegetação nativa no estado atingiu 87,9 mil hectares, sendo que 68,7 mil já são alvo das 310 ações ajuizadas até o momento.

No Amazonas, foram mapeados 284 polígonos de desmatamento, o que corresponde a cerca de 81 mil hectares.

Até agora, foram propostas 215 ações no estado, referentes a 61,5 mil hectares da área destruída.

O levantamento do MPF apontou, ainda, que entre os polígonos de desmatamento ilegal identificados pelo projeto, 64 estão dentro de Unidades de Conservação (UCs) federais e 41 dentro de Terras Indígenas (Tis).

Em relação ao total de 321 mil hectares de floresta devastados ilegalmente no biênio 2017/2019.

O estado mais afetado no período foi Mato Grosso, com 95,4 mil hectares de área desmatada, sendo que 63,6 mil já são alvo de ação civil pública.

O00 MPF ajuizou 242 ações no Estado, mas outras podem ser propostas futuramente.

Vigilância constante

Este é o terceiro ano em que o MPF atua de forma articulada por meio do Projeto Amazônia Protege, lançado em novembro de 2017.

Na primeira etapa, foram instauradas 1.125 ações referentes a desmatamentos realizados entre agosto de 2015 e julho de 2016.

Já na segunda, foram 1.414 ações por supressão ilegal de floresta no período de agosto de 2016 a julho de 2017.

Somando esses números às ações ajuizadas este ano, são mais de 3,5 mil processos contra o desmatamento ilegal na Amazônia.

Saiba mais sobre o projeto aqui

 

 

(*) Com informações da assessoria