Manaus, 14 de maio de 2024
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Cidades

Hospital Delphina Aziz já está em colapso, diz funcionário

O Amazonas é um dos cinco estados com indícios de transição para a fase de aceleração descontrolada de casos do coronavírus

Hospital Delphina Aziz já está em colapso, diz funcionário

Leitos na UTI no Hospital Delfina Azzis Foto: Bruno Zanardo/Secom

Segundo informações da Folha de S. Paulo, o Hospital Delphina Aziz entrou em colapso nesta sexta-feira, 10, com os 50 leitos da UTI lotados.

“A unidade perdeu a capacidade de atender pacientes que chegam em estado grave. A família de uma octogenária foi orientada a levá-la para casa para se despedir”, relatou um funcionário do hospital que estava de plantão.

Em nota, a Susam afirma que o hospital ainda dispõe de leitos e que está ampliando o quadro de profissionais. “Atualmente 60 dos 69 leitos de UTI estão ocupados, a ampliação de leitos clínicos e de UTI, serão ativados à medida que for ampliado o quadro de recursos humanos”.

As outras alas do Delphina, como a sala rosa (que abriga casos leves e moderados) e as enfermarias, estão perto de atingir sua capacidade total.

Com a taxa de incidência de coronavírus mais alta do país (19,1 por 100 mil habitantes), o Amazonas é uma das cinco unidades da federação com indícios de transição para a fase de aceleração descontrolada de casos.

De acordo com o funcionário, que falou com a reportagem da Folha de S. Paulo sob a condição do anonimato, os 50 leitos da UTI lotaram, a  unidade perdeu a capacidade de atender pacientes que chegam em estado grave.

O número de casos confirmados de Covid-19 no Amazonas saltou de 532, na segunda-feira, 6, para 899, na quinta-feira, 9. Os óbitos subiram de 19 para 40.

Leia mais: Amazonas tem 50 mortes causadas pelo coronavírus e infectados chegam a 981 casos

Hospitais de Campanha

Em uma tentativa de suprir a falta de leitos, o governo do Amazonas alugou o hospital da Universidade Nilton Lins, que está sendo adaptado para atender exclusivamente casos de coronavírus. O hospital tem 400 leitos clínicos.

Já a Prefeitura de Manaus, anunciou nesta semana, a construção de um hospital de campanha, com capacidade inicial de cem leitos.

O governo do Amazonas prevê que o pico de contaminação no estado ocorrerá entre o final deste mês e o início de maio.

Em declarações reproduzidas pelo portal G1, o governador Wilson Lima (PSC) disse ontem, 9,  que dois hospitais da rede privada de Manaus estão com as UTIs lotadas.

Ele afirmou que 55% dos respiradores do estado estão em uso, mas, com o ritmo atual de avanço da doença, há o risco de todo o sistema de saúde do estado colapsar.

Nota da Secretaria de Estado de Saúde (Susam)

O Governo do Amazonas está em processo de ampliação do quadro de recursos humanos no Hospital e Pronto Socorro (HPS) Delphina Aziz, que ainda dispõe de leitos mas precisa de reforço de recursos humanos. A ampliação do quadro de médicos especialistas está sendo providenciada em parceria com o Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), organização social que administra o complexo de saúde.

O HPS Delphina Aziz tem estrutura montada para ampliação de leitos clínicos e de UTI, que serão ativados à medida que for ampliado o quadro de recursos humanos. Atualmente 60 dos 69 leitos de UTI estão ocupados.

O Governo do Amazonas esclarece, ainda, que duas pessoas provenientes de Parintins estão sendo encaminhadas para Manaus em UTI aérea, embora os resultados dos testes rápidos realizados tenham dado negativo para o novo Coronavírus (Covid-19).

Unidades de saúde de Parintins também solicitaram a transferência de outros dois pacientes, cujos exames também deram negativo para COvid-19 e que ficaram na cidade, onde há capacidade para atendimento clínico, como os casos requerem.

 

(*) Com informações da Folhapress