Na maior crise da educação do Amazonas nos últimos anos, a reunião da Seduc com os professores, nesta quarta-feira, não contou com a presença do secretário, Lourenço Braga. Os representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinteam) foram recebidos pelo secretário executivo da pasta, Marcelo Campbell da Fonseca.
A ausência de Lourenço Braga é simbólica para os professores, que enxergam no secretário uma falta de pulso no comando da pasta e um aceno do governo de que deve trocar o comando da Seduc mais uma vez.
Se Amazonino Mendes (PDT) fizer uma nova troca no comando da educação, Campbell será o terceiro secretário do atual governo tampão, que assumiu em outubro de 2017. O primeiro foi José Augusto de Melo Neto, que deu lugar a Lourenço em dezembro.
Segundo professores que estiveram na reunião do Sinteam com Campbell, nesta quarta-feira, se a greve for abafada, ele pode se considerar o novo secretário. “Se o Campbell conseguiu negociar milhões para o Google, negociar com os professores é tarefa muito fácil”, disse um dos professores, que não quis se identificar.
A afirmação é uma referência ao serviço de consultoria que a Secretaria avalia contratar, por R$ 20,94 milhões, da empresa Nuvem Mestra, parceira dos negócios da Google no Brasil, na Região Norte, conforme noticiou o Site Amazonas1. Clique aqui para ler a matéria.
Há menos de dois meses, a empresa tinha como representante comercial, em Manaus, o atual secretário executivo da pasta, Marcelo Campbell.
A nomeação de Campbell foi publicada no Diário Oficial do Estado do dia 13 de março. Ele já havia sido secretário executivo adjunto da pasta em 2012 e foi subsecretário municipal de infraestrutura e logística da Secretaria Municipal da Educação (Semed) entre 2009 e 2012. À época, o prefeito era Amazonino Mendes.
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