Manaus, 5 de maio de 2024
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Manaus, 5 de maio de 2024

Cidades

PF prende ex-superintendente do Ibama na Operação Arquimedes

São alvos da operação empresários do ramo de exploração de madeiras. Prédios do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foram ocupados pelos agentes.

PF prende ex-superintendente do Ibama na Operação Arquimedes

PF prende ex-superintendente do Ibama em operação contra exploração da Amazônia (Josemar Antunes)

A Polícia Federal no Amazonas deflagrou, na manhã desta quinta-feira (25), a operação ”Arquimedes” para desarticular um esquema de corrupção que deu aval à extração ilegal de madeira na floresta Amazônica. Até o momento, 15 pessoas foram presas pelos agentes federais.

PF prende ex-superintendente do Ibama em operação contra exploração da Amazônia (Josemar Antunes)

São alvos da operação empresários do ramo de exploração de madeiras. Prédios do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam) e Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) foram ocupados pelos agentes.

Entre os presos, segundo a PF, está o ex-superintendente do Ibama, José Leland Juvêncio Barroso. Desde dia 22 de maio do ano passado, o Ministério Público Federal (MPF) instaurou um inquérito para investigar o ex-servidor por possível omissão de embarque de madeiras.

Os policiais federais buscam cumprir 23 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e mais 109 de busca e apreensão nos estados de Amazonas, Acre, Paraná, Mato Grosso, Minas Gerais, Rondônia, Roraima, São Paulo, além do Distrito Federal.

Outro desdobramento da operação, segundo a PF, foi o bloqueio de R$ 50 milhões nas empresas investigadas no esquema criminoso.

A operação, batizada de Arquimedes, abriu dois inquéritos. O primeiro investiga a extração e o comércio ilegal de madeira. Já o segundo busca responsabilizar servidores de órgãos ambientais que fizeram vistas grossas na concessão de autorizações para os desmates.

Todos os investigados vão responder na Justiça pelos crimes de falsidade ideológica nos processos de concessão e fiscalização de planos de manejo florestal, extração e comércio ilegal de madeira, lavagem de bens, direitos e valores, corrupção ativa e passiva, além de organização criminosa.