Manaus, 18 de maio de 2024
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Manaus, 18 de maio de 2024

Cidades

Vereadores cobravam propina para apoiar prefeito de Iranduba

Kelison Dieb (PMDB) e Jakson Pinheiro (PMN) foram presos em posse de arma de fogo e tentando destruir prova, jogando o aparelho celular no vaso sanitário 

Vereadores cobravam propina para apoiar prefeito de Iranduba

Os vereadores Kelison Dieb (PMDB) e Jakson Pinheiro (PMN), da Câmara Municipal de Iranduba, a 36 quilômetros de Manaus, cobravam propina para a aprovação de Projetos de Lei, conforme investigações do Ministério Público do Amazonas (MP-AM). Na manhã desta quinta-feira, 8, a ‘Operação Avaritia’ (Latin: cobiça) foi deflagrada pelo MP-AM, e os vereadores foram presos.

As investigações começaram em dezembro de 2018 pelos Promotores de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (GAECO). O Vereador Kelison Dieb foi flagrado em posse de arma de fogo. E o vereador Jakson Pinheiro foi flagrado tentando destruir prova, jogando o aparelho celular dele no vaso sanitário. 

Segundo a Promotora de Justiça Leda Mara Nascimento Albuquerque, o dinheiro obtido com a cobrança de propina era usado para fins pessoais dos vereadores. “Os vereadores do município de Iranduba estavam cobrando para aprovar projetos de Leis escusos, de interesses que não são aqueles próprios da população, que atendem os reclamos e os clamores de uma população necessitada”, disse a Promotora que comunicou que a investigação irá continuar futuras novas prisões.

Consequências

O Promotor de Justiça Cláudio Tanajura, coordenador da operação do Gaeco, destacou que o MP-AM teve informações que na Câmara de Vereadores havia uma “verdadeira organização criminosa, vendendo Projetos de Lei e trocando por vantagens a aprovação e os votos”.

“Com isso, instauramos em dezembro (2018) um procedimento investigatório criminal que chegou à decisão inicial da participação de alguns vereadores. Continua o trâmite desse procedimento em relação a outros participantes”, disse o promotor que destacou a necessidade de uma nova operação contra a corrupção em Iranduba e em diversos municípios do Amazonas.