
(Foto: Zeca Ribeiro / Câmara dos Deputados)
Manaus (AM) – Após não conseguir aprovar a urgência na tramitação do Projeto de Decreto Legislativo 3/23, o deputado federal Capitão Alberto Neto (PL), culpou os governos petistas pelo aumento dos homicídios no país. Conforme o deputado, o aumento dos crimes estão relacionados ao desarmamento da população.
O projeto defendido por Alberto Neto suspende os efeitos do Decreto 11.366/23, do Poder Executivo, sobre restrições impostas ao registro de armas por parte de atiradores participantes de clubes de tiro e de caça, os CACs.
“Nos governo do PT era como se tivesse uma bomba atômica nesse país todo ano. Chegou a setenta mil homicídios por ano. Veio o governo Bolsonaro, nós reduzimos para 40 mil e com toda a legislação adequada para que os CACs pudessem fazer seu esporte”, disse o deputado durante a sessão na Câmara dos Deputados.
Alberto Neto continuou o discurso afirmando que o governo Lula não tem projeto para a segurança pública. “Esse governo abandona a segurança desse país e em compensação quer criminalizar os CACs desse país e nós não vamos aceitar”, afirmou.
No entanto, conforme dados do Atlas da Violência 2023, o Amazonas liderou a taxa de homicídios entre 2020 e 2021. Nesse período, segundo o documento divulgado na terça-feira (5), houve um aumento de quase 35% nas mortes violentas registradas. O Amazonas teve o registro de 1.326 homicídios em 2020, e 1.816 no ano seguinte.
Entre os anos, o aumento percentual de homicídios registrados foi de 37%. O índice também foi o maior registrado entre todos os estados do país, conforme o Atlas da Violência 2023.
O Portal AM1 questionou o deputado eleito defendendo pautas relacionados ao combate à violência e tráfico, mas o estado pelo qual o senhor foi eleito teve o maior índice de homicídios no país. Então o senhor como outros políticos que se elegeram nessa esteira devem desistir da política por não entregarem o que prometeram?
Traição dentro do PL
Para aprovar o pedido de urgência eram necessários 257 votos a favor, porém, somente 254 – três a menos que o mínimo. Dois deputados da oposição ao governo votaram contra a urgência: Antonio Carlos Rodrigues (PL-SP) e João Carlos Bacelar (PL-BA).
Outros dois abstiveram-se na votação: Eli Borges (PL-TO) e Henrique Junior (PL-MA). Já os deputados Capitão Augusto (PL-SP), Fernando Rodolfo (PL-PE), Samuel Viana (PL-MG), Silvio Antonio (PL-MA), Tiririca (PL-SP) e Wellington Roberto (PL-PB) não participaram da votação.
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