Manaus, 25 de abril de 2024
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Brasil

‘Aqui é Bolsonaro’, diz policial antes de assassinar petista

Ele teria proferido as palavras antes de atirar contra o tesoureiro do PT

‘Aqui é Bolsonaro’, diz policial antes de assassinar petista

Foto: Reprodução

Uma vigilante que estava no clube onde o tesoureiro do PT e guarda Municipal Marcelo Arruda foi morto, no dia 9 de julho, em Foz do Iguaçu (PR), confirmou em depoimento que ouviu a frase: “Aqui é Bolsonaro, porra!”, vinda do policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, acusado de assassinar Arruda. Ele teria proferido as palavras antes de atirar contra Marcelo.

Segundo vídeo divulgado pelo site Uol, a vigilante contou que Guaranho esteve no local duas vezes antes do tiroteio. Na primeira, ele saiu de lá ”cantando” pneu. Depois, Daniele disse que o policial penal veio para cima da moto onde ela estava. Ela teve que jogar a moto para o lado: “Ou eu jogava a moto ou ele passava por cima”.

A vigilante chegou a mandar uma mensagem de áudio para o chefe dela contando o episódio. Segundo a moça, por outro lado, também não havia música vindo do carro. “Se não, eu não tinha ouvido ele falando ‘Bolsonaro’”. Daniele também contou sobre o comportamento da esposa de Guaranho, ainda na primeira vez que ele esteve no clube: “Parecia que ela estava assustada”, disse.

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O depoimento da vigilante não está na conclusão do inquérito da Polícia Civil do Paraná, que não viu motivação política no crime. Da mesma forma, os delegados presentes na coletiva de sexta-feira (15/7) não citaram Daniele. Essa é uma das reclamações da família e dos advogados de Marcelo Arruda. “O fato de ter sido descartada a motivação política pela Polícia Civil foi uma surpresa, pois é um fato notório, público e, inclusive, confirmado”, disse o advogado Ian Vargas, que defende a família de Arruda, ao Metrópoles, ainda na sexta.

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Segundo Vargas, a defesa entendeu o inquérito como contraditório. No documento, José Jorge Guaranho foi indiciado por homicídio duplamente qualificado (motivo torpe e por causar perigo comum).

*Com informações de Metrópoles